Por Camila Souza
A atleta de natação e medalhista da Associação de Pais e Amigos da Natação de Ponta Grossa (Apanpg), Ana Clara Mattozo Rigailo, de apenas 12 anos, participou do programa Manhã Total da Rádio Lagoa Dourada (98.5 FM) nesta sexta-feira (25) e compartilhou sua trajetória e desafios no esporte. Acompanhada do pai, Fabiano Rigailo, a nadadora contou que começou na água aos 1 ano e 8 meses, ainda como uma atividade para aprendizado e adaptação, sempre com o pai ao lado dentro da piscina.
“E desde então ela nunca parou com a natação e aos 9 anos foi na sua primeira competição”, relembrou Fabiano. Ana Clara revelou que sua lembrança mais marcante foi justamente a sua primeira competição aos 9 anos de idade, quando entendeu que queria competir. “Senti um misto de emoções porque na primeira competição já fiquei em primeiro lugar no nado peito”, conta. Segundo ela, a felicidade foi ainda maior por ser exatamente a modalidade de nado que mais gosta. “Quando competi eu reconheci que de fato sou boa e veio o desejo de continuar”, disse animada.
Ela explicou que o nado peito exige mais técnica do que força e é marcado por movimentos simultâneos dos braços e pernas, lembrando o estilo de um sapo.
Na segunda competição municipal, Ana já participou de três provas e subiu ao pódio nas três: ouro nos 50 metros peito e costas, e prata nos 50 metros livres. O bom desempenho rendeu a ela o convite para integrar a equipe da Apan.
Sobre o que passa pela sua cabeça antes de competir, Ana explica que tenta manter o foco para não errar. “Eu não posso fazer nada de errado que possa me atrapalhar”, relata. Um dos seus medos é saltar antes da largada. Em uma das provas, ela saiu milésimos depois dos demais por cautela, o que exigiu esforço extra para alcançar as adversárias.
O pai complementa que esse atraso não gera desclassificação, mas exige mais energia. “O tempo de reação é muito rápido, o que não pode é sair antes porque é desclassificado”, comenta.
Mesmo com esse tipo de desafio, Ana Clara já protagonizou viradas emocionantes, como no último Sul-Brasileiro realizado em maio. “Eu comecei atrás, mantive a prova inteira e nos últimos 25 metros eu comecei a ir rápido e dar um tiro rápido”, conta. Ela venceu a prova por milésimos de segundos.
Hoje, sua prova preferida é a dos 100 metros peito, mas já começou a treinar também nos 200 metros, mesmo ainda não estando na categoria oficial por não ter idade suficiente. “Eu já treino isso desde o ano passado e peguei o índice dos 200 peito para brasileiro. Eu fiz abaixo do tempo dos 200 peito”, disse determinada.
Ao terminar uma prova, Ana vive uma montanha-russa de emoções. “Primeiro sinto aquele alívio de ter concluído a prova, logo depois já observo o placar de tempos. Se fui bem já fico muito feliz mas quando percebo que não fui tão bem, vem aquela sensação de tristeza e raiva que eu sei que poderia ter ido melhor, mas sigo, tem que seguir porque tem outras provas”, disse.
Ana treina de segunda a sábado, com duas horas diárias de natação. A rotina inclui ainda atividades físicas complementares. “Eu faço treino físico, faço uma vez na semana um funcional e uma vez na semana também faço pilates”, relata.
Sua maior inspiração é Michael Phelps. “Ele é um atleta preparado e com muita técnica”, afirma a nadadora.
A Associação de Pais e Amigos da Natação de Ponta Grossa (Apan) é uma entidade sem fins lucrativos que oferece apoio a atletas da cidade, auxiliando com custos de viagens, competições, treinamentos e suporte técnico.
A associação funciona na Rua Desembargador Edson Nobre de Lacerda, nº 235, no bairro Jardim Carvalho, em Ponta Grossa. Os atendimentos são feitos exclusivamente por meio de formulário de contato online (aqui) ou na sede.
Nas redes sociais, a Apan divulga suas atividades (veja aqui), competições e conquistas dos atletas. A missão da entidade é promover o desenvolvimento esportivo e pessoal dos nadadores, prezando por valores como inclusão, transparência, engajamento comunitário e integridade.
