Uma nova frente fria chega ao Paraná e traz chuvas e queda nas temperaturas, segundo informações divulgadas pelo Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar). Em Ponta Grossa, a quarta-feira (30), por exemplo, tem a mínima de 2°C e os próximos dias desta semana devem seguir com clima gelado. Neste período, é necessário atenção redobrada com os pets que ficam mais suscetíveis às doenças respiratórias.
O médico-veterinário João Pedro Palinski (CRMV-PR 21462) destaca que a prevenção deve começar pela vacinação. “Muita gente ainda subestima a gripe, mas a vacina ajuda a evitar que uma doença simples se transforme em algo grave”, alerta.
Assim como em humanos, a gripe é uma das infecções mais comuns entre os pets nos meses frios, principalmente em julho e agosto. Segundo Palinski, esse período compromete a imunidade dos animais. “Casos de gripe estão aparecendo com frequência na clínica. A transmissão é geralmente pelo ar e pode estar ligada também à baixa imunidade, que facilita posteriormente a ação de bactérias oportunistas que podem causar uma pneumonia ”, explica o profissional.
Por isso, durante o inverno, é essencial reforçar os cuidados da saúde dos animais, especialmente em cidades onde os termômetros marcam números negativos. Neste ano, Ponta Grossa e cidades da região, como Carambeí e Castro, registraram temperaturas inferiores a -1°C.
Para evitar o contágio da gripe existem diferentes tipos de vacinas: a versão injetável exige duas doses, enquanto as formas intranasal e oral são de dose única e mais práticas de serem aplicadas. “A vacinação é a única forma de evitar as doenças que conhecemos. Ela não impede totalmente o contágio, mas reduz a gravidade dos sintomas e previne complicações”, reforça.
Além da vacinação, o veterinário orienta manter os pets bem aquecidos, usando cobertores limpos e secos e roupinhas, sempre que possível. “Não recomendo o uso de aquecedores ou bolsas térmicas, pois podem ser perigosos”, explica o profissional. Para os animais que dormem fora de casa, o ideal é garantir um abrigo seco, protegido do vento e com materiais que conservem o calor.
O veterinário explica que os cães são mais expostos a doenças respiratórias que os gatos por serem mais sociáveis e circularem com frequência em parques, ruas e estabelecimentos – o que não é regra. “Quanto maior a aglomeração, maior o risco para os animais que estão se adaptando com estes ambientes. Eles já têm o hábito de cheirar o focinho e o bumbum dos outros, o que facilita a propagação do vírus.”, afirma.
O veterinário também ressalta que a gripe canina não é transmissível para humanos. “Em geral, os vírus respiratórios são específicos de cada espécie. Isso significa que a gripe dos cães afeta apenas os cães e não oferece risco para as pessoas. No entanto, cães e gatos podem se contaminar simultaneamente, especialmente quando expostos ao mesmo ambiente infectado. Por isso, é fundamental que os tutores fiquem atentos aos sinais clínicos e evitem levar seus pets a locais com grande concentração de animais, reduzindo assim o risco de contágio”, orienta.
Os sinais mais comuns da gripe canina e de outros animais incluem tosse carregada, secreção nasal, apatia e, em alguns casos, febre. “O cachorro ou gato fica abatido, sem apetite e menos ativo. A diferença está na forma como os sintomas se anifestam, mas o padrão é semelhante”, explica. Um exemplo apresentado pelo Dr. João Pedro Palinski é de que, nos cães, a febre só é considerada a partir de 39,2 °C, pois a temperatura corporal deles é naturalmente mais alta do que a nossa.
A orientação do médico veterinário é observar os sintomas nos primeiros dias e, se não houver melhora, procurar atendimento. “Sem tratamento, a gripe pode evoluir para algo mais sério, como pneumonia. Por isso, não dá para esperar demais”. Além disso, filhotes, ou animais idosos e com a imunidade comprometida estão mais vulneráveis.
O consultório do Dr. João Pedro Palinski oferece consultas gerais e especializadas, com ênfase em nefrologia e urologia. Também realiza exames complementares (como ultrassom, sangue, urina e raio-X), internações, cirurgias de tecidos moles e vacinação.
Foto: Divulgação
O atendimento é na Rua Dr. Paula Xavier, nº 801, em Ponta Grossa. Informações e agendamentos podem ser feitos pelo WhatsApp: (42) 99109-7755.
Das assessorias.