A Câmara Municipal de Ponta Grossa vota nesta quarta-feira (30) um projeto de lei que propõe o aumento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) já para 2026. O tema, que vinha sendo discutido em audiências públicas e repercutiu fortemente nas redes sociais, integra o chamado Plano de Ajuste Fiscal apresentado pela Prefeitura e está previsto para ser votado até agosto, conforme apuração junto às comissões legislativas responsáveis pela análise do texto. Vereadores se reuniram para debater o assunto antes da votação no plenário, visto que o assunto não constava na ordem do dia.
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Se aprovada, a proposta pode reajustar o valor do IPTU em até 50% no próximo ano, com previsão de aumentos anuais subsequentes de até 10% mais a inflação. Segundo o secretário municipal da Fazenda, Cláudio Grokoviski, a justificativa para a medida está na defasagem que já dura mais de 40 anos nos valores de referência usados para calcular o imposto — situação que colocou Ponta Grossa na lanterna da arrecadação per capita do IPTU entre as principais cidades do Paraná.
Além da revisão na base de cálculo do IPTU, o plano prevê outras mudanças, como a redução do desconto para pagamento à vista, que pode cair dos atuais 15% para apenas 5%. Representantes do setor empresarial, como a Associação Comercial, Empresarial e Industrial de Ponta Grossa (Acipg), manifestaram apoio à revisão dos valores, embora tenham sugerido ajustes para reduzir o impacto no bolso dos contribuintes, especialmente no desconto para pagamento à vista.
Durante audiências e sessões plenárias, parte dos vereadores se posicionou contra a proposta, destacando o impacto do aumento para a população em meio a um cenário econômico ainda delicado. A Prefeitura argumenta, porém, que a correção é necessária para equilibrar as contas municipais e garantir investimentos em infraestrutura e serviços públicos nos próximos anos. O projeto ainda pode sofrer alterações antes da votação final, mas a expectativa é de que a base de cálculo do IPTU seja de fato atualizada a partir do próximo exercício, caso a maioria simples dos vereadores aprove a medida.