BOLETIM TARIFAÇO – Em uma coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (04/08/2025) , o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, detalharam um plano de contingência para apoiar o setor de alimentos diante das novas tarifas de importação impostas pelos Estados Unidos. A reunião, que ocorreu às 14h, contou com a presença de diversos representantes do agronegócio e de ministérios, como a Casa Civil, Agricultura, Desenvolvimento Agrário, Pesca, Fazenda e o MDIC.
Alckmin anunciou que o governo está finalizando um “plano de contingência” que incluirá diversas medidas, como crédito e a possibilidade de compras governamentais, para auxiliar os setores afetados. Ele ressaltou que 45% das exportações brasileiras para os EUA já foram excluídas da taxação, enquanto 20% estão sob a alíquota 232, que é igual para todos os países. O desafio agora é trabalhar para reduzir a alíquota ou excluir os 35% restantes.
O vice-presidente destacou a entrada em vigor, a partir de hoje, do programa “Acredita Exportação”. Este programa é um “reintegra de transição” que garante a devolução imediata de 3% do valor exportado para micro e pequenas empresas. O pedido do setor empresarial na reunião foi estender esse benefício também para as médias e grandes empresas.
O ministro Carlos Fávaro complementou as informações, afirmando que o governo está focado em abrir e retomar novos mercados para diversificar as exportações brasileiras. Ele mencionou que o Brasil já abriu 398 novos mercados. O ministro citou a União Europeia e o Reino Unido como boas oportunidades, especialmente para o setor de pescado, que teve bloqueio sanitário no passado. Segundo Fávaro, o Reino Unido já finalizou o protocolo sanitário, e agora é uma “ação mais política para formalizar a reabertura desse mercado”.
Fávaro também comentou sobre a gripe aviária, que levou 32 ou 33 países a fecharem seus mercados para o Brasil. Atualmente, esse número foi reduzido para sete ou oito, com quatro mercados importantes que ainda compram do Brasil. As negociações com a China, a União Europeia e o Chile, que estão prontos para retomar as compras, podem “praticamente zerar o impacto comercial” da gripe aviária.