A Polícia Federal instaurou, nesta segunda-feira (11), um inquérito para apurar a suposta divulgação de desinformação e crimes contra a honra do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O conteúdo investigado teria sido publicado em um canal de WhatsApp vinculado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), associando Lula a perseguições e mortes de pessoas LGBTQIA+.
A investigação foi aberta após solicitação do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, encaminhada ao diretor-geral da PF, Andrei Passos. O pedido teve como base uma notícia-crime protocolada por um cidadão russo-brasileiro junto ao Ministério Público Federal (MPF), que apontou a publicação feita em 15 de janeiro deste ano como ofensiva e inverídica.
Segundo informações preliminares obtidas pelo portal Metrópoles, a postagem relacionava Lula ao regime de Bashar al-Assad, ex-presidente da Síria, e o responsabilizava por execuções de pessoas LGBTQIA+. A publicação já não está mais disponível nos canais oficiais de Bolsonaro.
A Polícia Federal apura se houve infrações penais ligadas à propagação de fake news e calúnia contra o chefe do Executivo. Os investigadores analisam o conteúdo, o contexto da divulgação e o alcance da mensagem.
O regime de Bashar al-Assad chegou ao fim em dezembro de 2024, quando forças rebeldes tomaram a capital, Damasco. Durante seu governo, iniciado em 2004, entidades internacionais denunciaram repressão a homossexuais no país, incluindo perseguições e violência.