Por Camila Souza
A equipe do D’Ponta News entrevistou nesta terça-feira (19), o major Renan Augusto Bortolassi de Oliveira, do 2º Grupamento de Bombeiros de Ponta Grossa, após dois casos recentes de ataques de cães envolvendo crianças na cidade. O primeiro aconteceu na última sexta-feira (15) e o segundo na segunda-feira (18). Durante a conversa, o major trouxe recomendações importantes sobre como agir nessas situações e quais cuidados a população deve adotar.
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O major explicou que o Corpo de Bombeiros é acionado quando há registros de animais agressivos ou que já tenham atacado pessoas ou outros animais. “Nos deslocamos ao local para prestar apoio. Às vezes o animal ainda está presente no local e conseguimos realizar a captura para procurar acalmar o animal e evitar que ele volte a realizar novos ataques”, afirma. Ele acrescentou que a equipe também direciona a vítima para os atendimentos necessários.
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Sobre os cuidados no contato entre crianças e cães, mesmo quando são da própria família, o major destacou os riscos. “Essa é uma situação muito delicada porque o instinto do animal é imprevisível. Às vezes durante uma brincadeira o animal entende aquilo como uma ameaça e como resposta a isso ele acaba atacando. As crianças por vezes também não tem noção de que está acuando o animal”, disse. A recomendação é que os pais não deixem crianças sozinhas com animais, principalmente de grande porte.
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O major também orientou sobre os primeiros socorros em caso de ataque. Quando houver sangramento em algum membro, o indicado é fazer compressão e elevar a região machucada. “Isso ajuda a diminuir a circulação de sangue no local e diminuir o sangramento”, explica. Em seguida, é indispensável ligar para o Corpo de Bombeiros pelo 193 e repassar informações como a presença do cão agressivo no local e o estado da vítima.
Outro ponto de atenção é a vacinação do animal, especialmente quando o cão pertence à família. “Principalmente vacina contra a raiva porque isso pode acabar transmitindo a doença para a pessoa que foi atacada”, alerta o major.
Questionado sobre situações em que cães agressivos permanecem soltos pelas ruas, Bortolassi orientou que a população evite reações que deixem o animal mais acuado. “Um animal acuado, como resposta, pode agredir”, comenta. Ele reforçou ainda que, ao perceber a presença de um cão solto, o ideal é se manter em locais abrigados e com distância segura. Evitar correr também é essencial, já que isso pode despertar o instinto do animal. O indicado é caminhar lentamente e procurar se afastar.
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