Quinta-feira, 21 de Agosto de 2025

Pesquisa aponta que maioria dos brasileiros reprova atuação de Jair e Eduardo Bolsonaro no tarifaço

2025-08-20 às 09:06
Foto: Marcos Correa/PR

Levantamento realizado pelo instituto Genial/Quaest, divulgado nesta quarta-feira (20), avaliou a percepção da população sobre a atuação de autoridades brasileiras em relação ao aumento das tarifas de importação impostas pelos Estados Unidos a produtos nacionais. Os dados mostram variações na aprovação e reprovação de diferentes figuras políticas.

Segundo a pesquisa, 55% dos entrevistados consideram negativa a atuação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) diante do chamado “tarifaço”. O mesmo percentual foi registrado em relação ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). De acordo com o Metrópoles, ambos tiveram aprovação de 24%, enquanto 21% dos entrevistados não souberam ou não quiseram opinar.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve avaliação mais dividida: 46% desaprovam sua atuação, enquanto 44% a consideram positiva. Outros 10% não opinaram. Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, teve 43% de desaprovação e 31% de aprovação; 26% dos entrevistados não responderam.

No caso do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), 35% avaliaram negativamente sua conduta, 24% positivamente, e 41% não opinaram.

As tarifas sobre produtos brasileiros foram inicialmente implementadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em abril deste ano, e ampliadas em agosto para 50%. A medida não atinge cerca de 700 produtos nacionais, que ficaram isentos da taxação.

Eduardo Bolsonaro está nos Estados Unidos desde fevereiro e tem mantido contatos com autoridades locais, alegando supostas violações de direitos no Brasil. A atuação do deputado é apontada por setores do governo brasileiro como um fator que dificulta as negociações bilaterais sobre as tarifas.

Em julho, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a abertura de um inquérito para investigar a conduta do parlamentar, que teria buscado influenciar decisões norte-americanas contra autoridades brasileiras.