Sexta-feira, 22 de Agosto de 2025

Adolescente é hospitalizada após consumir ‘brownonha’ no PR

Polícia prende suspeito de vender doces contaminados; caso levanta alerta sobre riscos do consumo por menores e a atuação do tráfico em produtos alimentícios
2025-08-22 às 14:44

Uma adolescente foi hospitalizada em Londrina, no norte do Paraná, após consumir um brownie contendo maconha em uma reunião com amigos no início de agosto. Segundo informações da Polícia Civil, o encontro entre os jovens foi organizado “como se fosse uma tarde de estudos”, mas o grupo já tinha conhecimento de que o doce continha a substância. A jovem passou mal após ingerir o produto, especialmente por fazer uso de medicamento controlado. Diante do quadro de intoxicação, precisou de atendimento médico hospitalar.

Segundo o G1, a situação chegou ao conhecimento dos pais, que imediatamente acionaram a polícia e prestaram depoimento sobre o ocorrido. O adolescente responsável pela compra do brownie foi encaminhado à delegacia, fornecendo às autoridades o contato do vendedor, o que desencadeou a investigação policial. Após o cumprimento de um mandado de busca e apreensão, o suspeito, um homem de 35 anos, foi preso em flagrante. Em sua residência, foram apreendidos 18 brownies contendo maconha, 119 gramas da droga in natura e uma balança de precisão.

O delegado Adilson da Silva, responsável pelo caso, destacou que o envolvimento de menores agrava a pena para o crime de tráfico de drogas. O suspeito admitiu, em depoimento, que produzia brownies convencionais e “premiados” (com maconha), diferenciando-os com adesivos nos pacotes. Ele declarou ainda que a venda dos doces era uma alternativa para complementar a renda, oferecendo os produtos em festas e pontos comerciais da cidade.

A prisão do vendedor e a apreensão dos produtos revelam uma tendência preocupante: o uso de alimentos como veículo para drogas ilícitas, especialmente entre adolescentes. Autoridades e especialistas alertam para os riscos associados à ingestão desses produtos, que podem causar intoxicação severa, agravar quadros de saúde e até colocar vidas em risco. A comercialização destes “doces mágicos” ou “terapêuticos” sem respaldo sanitário tem sido alvo de diversas operações policiais, evidenciando a necessidade de vigilância por parte de familiares e educadores.