A morte do vereador José Neuri da Silva (PSDB), da cidade de Goioxim, no Centro-Sul do Paraná teve uma reviravolta nesta terça-feira (26). Em nota enviada à imprensa, os advogados que representam a família da vítima afirmaram que a perícia concluiu que o parlamentar foi assassinado por estrangulamento. O caso aconteceu em 22 de julho e foi registrado inicialmente como infarto.
De acordo com o portal RSN, a informação tem como base o laudo de necropsia anexado ao inquérito policial que tramita na Delegacia de Polícia Civil de Cantagalo. Conforme a nota dos advogados Felipe Bahls, Elizanne Marcondes Soares e Miguel Nicolau Júnior, “concluiu-se que a morte do Sr. José Neuri não decorreu de infarto, mas sim, que foi asfixiado até a morte, através de estrangulamento mecânico.”
A defesa da família destaca que a conclusão dos médicos peritos se baseou em fatores técnicos. A fratura do osso hioide (localizado no pescoço) e hemorragias internas compatíveis com trauma são os elementos indicativos de estrangulamento.
Em um primeiro momento, foi divulgado que o vereador de 58 anos teria sofrido um mal súbito enquanto caminhava com um amigo em uma área de mata em Cantagalo. De acordo com os advogados, o inquérito policial, que corre em segredo de justiça, já possui “provas robustas acerca da autoria do aludido crime”, embora a motivação não esteja esclarecida. A família da vítima informou que acompanha o caso e aguarda o indiciamento do autor pelo crime de homicídio.
Além de Neuri, outro parlamentar da Câmara de Vereadores do município faleceu neste ano: Aldenir Gnass, conhecido como Kikão (MDB), de 49 anos, veio a óbito no fim de junho. Ele exercia seu primeiro mandato como vereador no Legislativo de Goioxim.