Um homem de 27 anos foi amarrado e espancado violentamente por populares em Londrina, no Paraná, depois que boatos sugeriram que ele cometeu abuso sexual. A vítima sofreu vários golpes, principalmente na cabeça, o que resultou em fratura no nariz, lesões no rosto e confusão mental. Não havia denúncia oficial registrada sobre o suposto abuso sexual até o fechamento desta reportagem.
A agressão foi interrompida com a chegada do Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque), da Polícia Militar do Paraná (PMPR). A equipe salvou a vítima e prendeu um dos agressores, que tinha um mandado de prisão em aberto. O homem agredido ficou em estado preocupante, sendo atendido pelo Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (SIATE). Há suspeitas de que os agressores agiram sob ordens de um “tribunal do crime”, ligado a uma facção criminosa da região. A Polícia Civil do Paraná não se pronunciou sobre o caso até o momento.
O “tribunal do crime” é uma estrutura paralela utilizada por facções para julgar e punir, com violência extrema, supostos infratores. No Paraná, o Ministério Público (MP) denunciou recentemente dezenas de pessoas vinculadas a essas organizações criminosas que atuam com esse tipo de “justiça”. O BPChoque, por ser uma unidade especializada da PMPR, tem um papel fundamental em ações rápidas para salvar vítimas e combater crimes relacionados a essas organizações.
