Por: Amanda Martins
Morreu nesta segunda-feira (8), a cantora Angela Ro Ro, de 75 anos. A informação foi confirmada por sua ex-namorada, Laninha Braga, que estava cuidando da cantora, e também pelo produtor Paulinho Lima, amigo intimo da artista.
A cantora estava internanda no Hospital Silvestre, Zona Sul do Rio de Janeiro, desde julho, quando passou por uma traqueostomia devido a uma infecção no pulmão. Angela teve um aparada cardíaca após a realização de um procedimento cirúrgico, no dia de hoje.
Anteriormente, ela havia recorrido as redes sociais para pedir auxilio financeiro, dizendo estar passando por sérios problemas de saúde e estar sem conseguir trabalhar. “Sem perspectiva de alta ou cura para trabalhar, humildemente peço ajuda a vocês”.
Angela Ro Ro iniciou sua trajetória musical no Rio de Janeiro, se apresentando em casas noturnas até ser contratada pela gravadora Polygram/Polydor (atual Universal Music). Seu primeiro álbum, lançado em 1979 e batizado com seu nome, trouxe apenas composições próprias, revelando sucessos que marcariam sua carreira, como “Gota de Sangue”, “Balada da Arrasada”, “Agito e Uso”, “Tola Foi Você” e “Amor, Meu Grande Amor”. Na década de 1980, consolidou-se no cenário musical com os discos Só Nos Resta Viver (1980), Escândalo! (1981), que contou com a faixa-título de Caetano Veloso, além de A Vida é Mesmo Assim (1984) e Eu Desatino (1985). Nos anos 1990, lançou apenas um trabalho, o álbum ao vivo Nosso Amor ao Armagedon (1993).
Após superar problemas com drogas, bebida e cigarro, além de emagrecer 35 quilos com exercícios físicos, Ro Ro retomou sua carreira com o álbum Acertei no Milênio (2000). Pouco depois, comandou o talk-show Escândalo (2004-2005), no Canal Brasil. Em 2006, lançou o disco Compasso pela Indie Records e registrou um show ao vivo no Circo Voador. Já nos anos 2010, apresentou Feliz da Vida! (2013), pela Biscoito Fino, e foi homenageada no tributo Coitadinha Bem Feito: As Canções de Angela Ro Ro, com releituras masculinas de suas composições. Seu último álbum de inéditas foi Selvagem (2017), encerrando até então uma trajetória marcada por autenticidade e reinvenção.