Quarta-feira, 17 de Setembro de 2025

Conheça 5 doenças que podem ser tratadas com exercícios físicos

Descubra como a atividade física pode ser aliada no tratamento de diferentes condições de saúde, incluindo doenças pouco conhecidas
2025-09-16 às 19:42
Foto: Freepik

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a prática regular de exercícios físicos pode reduzir em até 30% o risco de doenças crônicas não transmissíveis.

Neste artigo, vamos mostrar como o movimento vai além da estética: ele é ferramenta poderosa na prevenção e tratamento de doenças que afetam milhões de pessoas.

Hipertensão arterial

A hipertensão é uma das condições crônicas mais prevalentes no Brasil. Ela representa um importante fator de risco para infartos, AVCs e doenças renais.

Controlar a pressão arterial não se limita ao uso de medicamentos. Mudanças no estilo de vida, especialmente a prática de atividades físicas, são fundamentais.

Caminhadas e corridas leves para controle da pressão

Caminhadas diárias, mesmo em ritmo leve, promovem vasodilatação e ajudam a reduzir a pressão arterial de forma natural.

Corridas leves também são indicadas, desde que acompanhadas de avaliação médica prévia, o ideal é manter uma frequência de pelo menos 150 minutos por semana de atividade aeróbica moderada.

Benefícios dos exercícios de resistência muscular

Exercícios de resistência, como musculação com cargas leves, também podem auxiliar no controle da pressão. Eles ajudam a melhorar a elasticidade vascular e aumentam a capacidade do corpo de utilizar o oxigênio, o que contribui para o controle da pressão mesmo em repouso.

Diabetes tipo 2

O diabetes tipo 2 é caracterizado pela resistência à insulina ou pela produção insuficiente desse hormônio. A boa notícia é que o exercício físico pode ter um papel direto na reversão do quadro ou, pelo menos, no seu controle.

Exercícios aeróbicos para regular glicose

Atividades aeróbicas, como natação, ciclismo e dança, aumentam a captação de glicose pelas células musculares, reduzindo os níveis de açúcar no sangue de forma eficiente.

Além disso, contribuem para a redução de gordura corporal, que é um fator de risco importante para o desenvolvimento da doença.

O papel da musculação na sensibilidade à insulina

A musculação tem efeito positivo na sensibilidade à insulina. Ao aumentar a massa muscular, o corpo passa a utilizar melhor a glicose, reduzindo a necessidade de insulina circulante.

Isso torna a prática uma aliada não só para o controle glicêmico, mas também para a prevenção de complicações associadas ao diabetes.

Depressão e ansiedade

As doenças mentais afetam cada vez mais a população e, embora o tratamento medicamentoso seja eficaz em muitos casos, o exercício físico tem se mostrado uma ferramenta complementar indispensável.

Endorfina: o hormônio do bem-estar

Durante a prática de atividade física, o corpo libera endorfina, uma substância responsável pela sensação de bem-estar. Isso ajuda a combater sintomas como tristeza, angústia, estresse e até insônia, comuns em quadros depressivos e ansiosos.

Como o exercício ajuda na saúde mental

Além dos benefícios químicos, o exercício promove autoestima, melhora o sono e proporciona sensação de propósito.

Ter uma rotina de treinos estruturada e com metas claras também ajuda a recuperar a motivação e o controle sobre o próprio corpo, fatores importantes no tratamento da saúde mental.

Osteoporose

A osteoporose é uma condição caracterizada pela perda de massa óssea, tornando os ossos mais frágeis e suscetíveis a fraturas.

Ela é mais comum em mulheres após a menopausa, mas pode afetar pessoas de todas as idades. O exercício físico tem papel essencial na prevenção e no manejo dessa doença.

Impacto positivo de exercícios de carga

Exercícios com impacto, como caminhada rápida, dança ou subida de escadas, estimulam a formação óssea e ajudam a manter a densidade dos ossos. Esses estímulos mecânicos favorecem a remodelação óssea, processo natural do organismo que mantém os ossos fortes.

Mesmo atividades com menor impacto, como pilates e yoga, quando realizadas com peso corporal ou acessórios, podem contribuir para esse processo de forma segura.

Fortalecimento muscular e prevenção de quedas

A perda de força muscular está diretamente associada ao risco de quedas, uma das principais causas de fraturas em idosos com osteoporose.

Exercícios de fortalecimento muscular, como a musculação adaptada, são importantes para melhorar o equilíbrio, a coordenação e a resistência física.

Programas supervisionados e individualizados garantem segurança e eficácia, principalmente para idosos com restrições ou histórico de quedas.

Síndrome do acúmulo de gordura patológica: exercício como aliado

É uma doença crônica que afeta principalmente mulheres, caracterizada pelo acúmulo anormal e doloroso de gordura nas pernas e, em alguns casos, nos braços.

 Apesar de não ter cura, o tratamento multidisciplinar, que inclui fisioterapia, nutrição e prática regular de exercícios físicos, é fundamental para o controle da condição.

Atividades físicas que reduzem dor e desconforto

Exercícios de baixo impacto são os mais indicados. Caminhadas, hidroginástica, natação e uso de bicicletas ergométricas ajudam a melhorar a circulação, reduzir o inchaço e aliviar as dores nas pernas.

Essas atividades também contribuem para o controle do peso corporal, aspecto relevante no manejo da doença. Vale lembrar que a gordura é resistente à dieta e à atividade física, mas o movimento regular reduz inflamações e melhora a mobilidade.

Importância do acompanhamento médico no processo

Antes de iniciar qualquer atividade, é essencial passar por uma avaliação médica e fisioterapêutica. O exercício precisa ser adaptado às necessidades e limitações individuais, respeitando os estágios da doença.

Um plano bem estruturado pode não apenas aliviar os sintomas, mas também promover qualidade de vida e autoestima.

A inclusão de exercícios no cotidiano de quem convive com a doença do síndrome do acúmulo de gordura patológica, mais conhecida como lipedema, mostra como a prática física pode ser poderosa, mesmo em condições que ainda não têm cura.