A Polícia Civil realizou uma entrevista coletiva para detalhar a operação deflagrada na manhã desta quinta-feira (18), em Ponta Grossa, contra uma organização criminosa investigada por despachar drogas pelo sistema dos Correios para diversos estados do país.

Conforme o delegado Nagib Nassif Palma, foram cumpridos 30 mandados de prisão preventiva e 29 de busca e apreensão.
“Totalizou 23 presos e de uma modalidade de tráfico bastante complexa. Foi uma investigação qualificada, difícil de ser feita, pelo meio que a traficância ocorria, os Correios. Na data de hoje foi desarticulada essa grande organização.”

Ele aponta que a modalidade de tráfico praticada pelos investigados nesta operação é mais “sofisticada”, o que torna a investigação mais complexa, por se tratar de um esquema mais dissimulado e moderno.

A investigação indica que o grupo atuava principalmente em Ponta Grossa, com ramificações em Curitiba, em outras cidades do Paraná e também em outros estados. Segundo a delegada Grazieli Schmitz, a organização utilizava recursos digitais para a comercialização das drogas. Ela também detalhou que a venda das drogas ocorria por meio de aplicativos de mensagens, como o WhatsApp, principalmente para entregas locais. Já as remessas interestaduais eram frequentemente negociadas por redes sociais, como o Instagram.

“A comercialização da droga usa tráfico digital. As vendas ocorrem por aplicativos de mensagem instantânea. Inclusive, com motoristas de aplicativo fazendo entregas. Quando remetido para outros estados, via de regra, o Instagram”, disse Schmitz.

Ainda conforme os delegados, o grupo operava de forma articulada e as prisões ocorreram, principalmente, na região leste de Ponta Grossa. Alguns dos envolvidos já possuíam passagens criminais, mas sete suspeitos seguem foragidos.

Schmitz afirmou ainda que entorpecentes como maconha e ecstasy foram apreendidos durante a ação. Ela também ressaltou que nenhum funcionário dos Correios participava do esquema.

Veja a entrevista completa abaixo: