O programa Manhã Total da Rádio Lagoa Dourada (98.5 FM) desta quarta-feira (24) destacou o Dia do Coração com uma conversa sobre saúde e prevenção. O convidado foi o cardiologista Dr. Rubens Sirtoli, que reforçou a necessidade de cuidar do estilo de vida desde cedo para evitar complicações.
O médico lembrou que a prevenção é a palavra-chave e citou experiências internacionais. “Tive a oportunidade de conhecer o serviço de saúde do Japão há dez anos e me surpreendi com a capacidade de prevenção”, afirma. Para ele, quando há um acompanhamento prévio, com atividade física, alimentação equilibrada e cuidado com a saúde mental, a chance de evitar problemas como infarto e AVC é muito maior.
Segundo o especialista em cateterismo, salvar pacientes já em crise faz parte da rotina, mas o ideal é evitar que cheguem a esse ponto. “Com a prevenção conseguimos que um número expressivo de pessoas não precise passar por isso. Assim, reduzimos o risco de morte”, destaca.
Dr. Rubens reforça que não se trata de deixar de viver, mas de fazer escolhas melhores. Exercícios regulares, sono adequado e alimentação saudável são medidas que ajudam a controlar fatores de risco. Em alguns casos, o uso de medicação é necessário, mas o médico ressalta que ela deve vir sempre acompanhada de mudanças de hábito.
O acompanhamento com especialistas também é fundamental. “O cardiologista pode traçar metas, avaliar exames e definir de forma individualizada o que cada paciente precisa seguir para evitar danos maiores”, explica.
A atenção com a saúde, segundo ele, precisa começar ainda na infância. O médico alerta para o crescimento da obesidade infantil, muitas vezes associada ao excesso de tempo em frente às telas. “Já vemos crianças obesas, com alterações no colesterol e na glicose. O acompanhamento deve começar o quanto antes”, disse.
Ele recomenda que a partir dos 12 anos seja feito um checklist de exames, preferencialmente com um clínico de confiança, para detectar precocemente fatores de risco. O cardiologista, nesse caso, deve ser procurado apenas em situações específicas.
Já na vida adulta, a recomendação é buscar o especialista ao menos uma vez por ano, mesmo sem sintomas, como forma de prevenção.