Por: Amanda Martins
Um homem de 51 anos, que manteve sua própria enteada em cárcere de privado por 22 anos, em Araucária, região Metropolitana de Curitiba. O réu rebateu as acusações de abuso sexual contra a vítima. Entretanto ele confirmou que haviam filmagens dos abusos e alegou serem produzidas para sua segurança.
Segundo informações do Portal Ric, o padrasto admitiu que outros homens frequentavam a casa a mantinham relações sexuais com a jovem. O réu tentou convencer o delegado que as práticas aconteciam a pedido da vítima. “Veja só, isso não tem fundamento. Tivemos nossa vida individual e particular, mas nada que não fosse consensual. Eu cheguei a dizer a ela que se quisesse ter relação sexual com outros homens, por ser mais velho e achar que isso te traz benefício, você grava porque você não sabe quem está dentro de casa. Ela fazia as gravações. Algumas vezes eu estive junto com ela”, afirmou o padrasto.
O homem de 51 anos foi indiciado pelos crimes de perseguição, causar dano emocional, estupro, estupro de vulnerável, cárcere privado qualificado, constrangimento e filmar conteúdo sexual sem autorização.
A jovem foi abusada desde os 7 anos pelo padrasto, após a separação de sua mãe e do homem, a vítima foi retirada de casa por ele. A genitora da menina, afirma que era ameaçada, e nunca denunciou o agressor. Aos 16 anos, a jovem, que já estava em cárcere privado, engravidou do padrasto, sendo obrigada a se casar com ele. Desde então, ela vivia como esposa dele, com três filhos, dois meninos e uma menina, frutos dos abusos sexuais.
Apesar de possuir acesso as redes sociais e a Televisão, a vítima era vigiada 24 horas por dia pelo agressor, com seu celular sendo monitorado, e todas as mensagens que ela enviava e recebia estavam disponíveis no aparelho dele.