Silêncio, oração, trabalho e disciplina. Estes são alguns dos ideais que regem a vida dos monges beneditinos do Mosteiro da Ressurreição, em Ponta Grossa. Os primeiros monges chegaram ao município em 1981 e, quatro anos depois, as instalações do atual Mosteiro, localizado no bairro Chapada, foram inauguradas.
Porém, com o crescimento da cidade e o aumento populacional ao decorrer dos anos, o Mosteiro acabou ficando cercado de residências e o local, que antes era retirado e silencioso, passou a ser mais movimentado. Foi assim que os monges começaram a buscar um local mais apropriado para dar continuidade à vida monástica. Após diversas buscas e apesar das dificuldades financeiras, a comunidade decidiu iniciar a construção de um novo Mosteiro há sete anos, em um local mais retirado da cidade.
“O motivo da mudança é que a cidade está crescendo muito pra cá [região do bairro Chapada]. Pra nossa vida, a vida monástica, não é interessante. É um lugar mais reservado, com silêncio e oração, que nós precisamos. E também para acolher as pessoas que vão ao Mosteiro. Quem sai da cidade quer um lugar mais retirado para poder fazer silêncio e rezar, o que aqui nós já não temos. E manter o desejo desde o início da fundação que era uma vida mais retirada, mas não isolada”, explica Dom Bento, monge do Mosteiro da Ressurreição.
A obra
O novo Mosteiro fica no distrito de Itaiacoca, localizado a mais de 1000 metros de altitude, a cerca de 30 km do Centro de Ponta Grossa. “Estamos indo a passos lentos, mas temos, graças a Deus, colaboradores de várias partes do Brasil, infelizmente, poucos ainda de Ponta Grossa”, destaca o monge.
Segundo Dom Bento, o novo Mosteiro irá contar com cerca de 7 mil metros de construção. Atualmente, a obra possui 2,5 mil metros construídos, incluindo a hospedaria, que poderá receber até 22 pessoas, e a estrutura da igreja, com capacidade para 350 pessoas, que agora está na fase da cobertura.
O local também terá salas de atendimentos, portaria, loja, biblioteca, salas de aula, auditório, salas de reunião, Claustro, cozinha, refeitório, dormitórios, enfermaria, além de uma área de serviços com salas onde funcionarão ateliês de rouparia, alfaiataria e padaria.
Para manter os 28 monges, que vivem atualmente no Mosteiro, e custear as obras do novo espaço, a comunidade vende velas fabricadas artesanalmente no próprio Mosteiro e também conta com doações da população. Porém, com a pandemia de COVID-19, houve dificuldade na arrecadação de fundos. “Nossa hospedaria permaneceu fechada e as nossas entradas são provenientes de uma fábrica de velas e da nossa loja no Mosteiro. Quem adquire nossos produtos são sempre os hóspedes e pessoas que passam por aqui”, conta o monge.
Como contribuir?
Dom Bento explica que o Mosteiro aceita doações, principalmente, de cimento. “Fazemos campanhas e as pessoas compram o cimento na loja e nós fazemos a retirada”, explica.
Para saber mais informações sobre como contribuir com a construção do novo Mosteiro da Ressurreição, o telefone para contato é o (42) 3228-0043.
O novo mosteiro está situado em Itaiacoca, na PR 090, sentido Mato Queimado, a 3,5 km do Passo do Pupo.
Confira algumas imagens.