O Sindicato dos Servidores Municipais de Ponta Grossa (SindServ) deve entrar na Justiça para pedir a suspensão das aulas presenciais em Ponta Grossa.

Segundo o presidente do Sindicato, Roberto Ferensovicz, a assessoria jurídica está montando o processo, que deve ser protocolado na Justiça do Trabalho até quinta-feira (10). “Estamos tentando debater com o Governo, colocar nossas argumentações e o motivo da suspensão das aulas presenciais”, explica.

A decisão se deu após uma consulta aos trabalhadores da educação, que votaram em uma enquete nas redes sociais. “Fizemos a enquete e a grande maioria dos trabalhadores optou pela ação judicial. Teria a proposta de fazer uma paralisação das atividades, uma greve, ou então permanecer trabalhando e aguardando uma resposta administrativa”, conta.

Roberto Ferensovicz também afirma que há falta de diálogo com a Prefeitura de Ponta Grossa. “Não há uma abertura para fazer este debate e, para nós, não resta outra alternativa, em virtude de tudo que está acontecendo. Estamos no pior momento da pandemia, outras cidades de médio e grande porte estão com as aulas suspensas, exceto Ponta Grossa”, destaca.

No dia 26 de maio, o SindServ encaminhou um ofício ao Comitê de Gerenciamento das Ações Governamentais (CGAG). Entretanto, desde o dia em que foi protocolado, o processo está parado e nenhuma resposta foi encaminhada ao Sindicato. “Nem mesmo um ‘não’ foi dado aos trabalhadores da Educação”, consta na nota divulgada nas redes sociais.

O presidente do Sindicato ainda completa que, neste momento, as aulas presenciais colocam a vida dos trabalhadores e dos alunos em risco. “Nós entendemos que o risco é muito grande. Temos diversos servidores infectados. Diariamente temos novos casos de trabalhadores e alunos, e entendemos que, realmente, nesse momento não tem como manter as aulas presenciais, queremos voltar com o sistema 100% remoto até que os servidores estejam totalmente imunizados”, completa.