Há quem dia que o dia do homem é em 1° de abril, porém o dia do homem realmente é no dia 15 de julho. A data foi Instituída no Brasil desde 1992, mas no restante do mundo o fato só aconteceu em 1999. Além disso em outros países essa data é comemorada em 19 de novembro.
Desde a criação do dia da mulher em 1909, a relatos que, houve uma pressão muito grande para que os homens também tivessem um dia em sua homenagem. A data seria o reconhecimento das contribuições masculinas para a humanidade, e não porque as mulheres estavam sendo mais “favorecidas”.
Diferentes das damas, os cavaleiros, não tiveram histórias trágicas para conseguir ter um dia no calendário. Segundo a história, o dia do homem no Brasil foi criado por escritores e poetas brasileiros. A data escolhida, por incrível que pareça, coincidi com o aniversário de uma mulher, mãe de um dos membros que estava presente no dia da organização. A partir de então, uma espécie de academia informal de escritores passou a comemorar a data.
Pouco lembrada pela sociedade, e quase que passa em branco, comparada aos dias das mulheres, o dia do homem tem a intenção de de valorizar a figura masculina, em seu contexto social, profissional, familiar e paterno. Além disso, há alguns pilares definidos, sobre o dia do homem.
Como promover os pontos positivos, de homens que levam suas vidas de maneiras decentes e honestas. Além daqueles que contribuem no cuidado com a comunidade, a vizinhança, a família, o casamento, as crianças e o meio ambiente.
Para aqueles também que focam no bem-estar, na saúde física, mental, emocional e espiritual. Que descriminam qualquer tipo de violência e exploração, além de ajudar a criar um mundo mais seguro e melhor.
Se analisarmos o homem (nem todos os homens) desde 1909, o que vemos nos dias de hoje, comparado com aquela época, não é muito diferente. Ainda em pleno século XXI o comportamento retrógrado de alguns homens perante a mulher é uma problemática da sociedade.
Para entendermos o porque o machismo ainda é tão presente nos dias de hoje, a psicóloga hospitalar, mestra e doutoranda em Ciências da saúde pela UFG, Rafaela Marciano, explica.
“O machismo é um preconceito, expresso por opiniões e atitudes, que se opõe à igualdade de direitos entre gênero, favorecendo o gênero masculino em detrimento ao feminino. Na prática, isso significa que homens e mulheres têm papéis distintos na sociedade, que a mulher não pode ou não deve se portar e ter os mesmo direitos de um homem ou julga a mulher como inferior ao homem em aspectos físicos, intelectuais e sociais”.
Ela explica que esse pensamento faz parte de uma estrutural social patriarcal, com raízes criadas desde a Grécia Antiga. E que ainda hoje, vivemos em uma sociedade com diversos desses sinais. Além disso, o reforço de certos estereótipos e comportamentos do homem produziu a expressão: “Masculinidade tóxica”.
“A expressão (veio) para nomear, com tom crítico, o conjunto de comportamentos associados à suposta crença da superioridade masculina, a qual é acompanhada de uma agressividade insidiosa, que alcança os próprios homens e as pessoas com quem estes se relacionam. Isto fez com predominasse um modelo ideal com regras específicas apresentadas aos meninos desde muito cedo: não pode chorar, não deve demonstrar sentimentos ou fraquezas. No entanto, a busca por essa imagem ideal acabou por apresentar grande influência no adoecimento psíquico dos homens. Essa repressão de tristezas é um dos motivos pelos quais os homens têm uma taxa de suicídio significativamente maior do que a das mulheres. Apesar de todas as mudanças sociais contemporâneas, muitos homens ainda adotam o modelo hegemônico de identidade masculina tóxica. Eles não só levam sofrimento psíquico para aqueles que os cercam, como também sofrem e tem perdas significativas em seu bem-estar“.
Perante tudo que analisamos até aqui, a problemática do machismo deve ser ainda discutida muito discutida, principalmente por homens que percebem que podem ser atores neste cenário, já que muitos ainda não atentaram para o mal que fazem a sociedade (principalmente para as mulheres/companheiras) e até para eles mesmos.
“O homem sempre recebeu estímulos para conter as suas emoções, além da construção de traços de competitividade, agressividade e liderança. De modo geral, essas imposições costumam ser repressivas e ligadas a comportamentos violentos, valorizando a força física e transformando as emoções em um sinal de fraqueza.
Nada justifica agir com agressão, mas todo comportamento deve ser analisado, já que o preconceito e a insegurança dos homens tornam ainda mais difícil o processo de ajuda.
Para o dia do homem, desejamos, para aqueles que realmente são homens de verdade, (não porque nasceram com suas genitais) mas porque com o sentido da palavra fazem um bom papel na sociedade. Sendo um bom filho, bom esposo, bom pai, um bom profissional e um bom ser social. Desejemos um feliz dia dos Homens!