Quinta-feira, 12 de Dezembro de 2024

Martine e Kahena faturam ouro e selam bicampeonato olímpico na vela

2021-08-03 às 08:21

As brasileiras Martine Grael e Kahena Kunze conquistaram nesta terça-feira o bicampeonato olímpico na classe 49erFX. As velejadoras terminaram a regata da medalha em Tóquio na terceira colocação, o que foi suficiente para decretarem a primeira posição geral e o 12º pódio da delegação verde e amarela no Japão.

A prata ficou com as alemãs Tina Lutz Susann Beucke, enquanto o bronze acabou nas mãos das holandesas Annemiek Bekkering Annette Duetz. As argentinas Victoria Travascio e Maria Sol Branz foram as vencedoras da medal race, e terminaram o campeonato em quinto lugar.

A vela brasileira mantém assim a tradição de ir ao pódio nos Jogos. Esta foi a 19ª medalha do Brasil em Olimpíadas: foram até hoje oito ouros, três pratas e oito bronzes. É o esporte que mais rendeu medalhas de ouro ao país no evento.

A medal race de todas as categorias tem pontuação dobrada e não há descarte. Na Rio-2016, Martine e Kahena venceram a regata da medalha e saíram com o inédito ouro para a vela feminina brasileira.

As brasileiras chegaram ao Japão com status de favoritas e mantiveram a regularidade durante toda a semana, para escrever mais um capítulo da vitoriosa parceria.

Martine é filha do bicampeão olímpico Torben Grael, bicampeão olímpico (Atlanta-1996 e Atenas-2004), e começou a velejar com quatro anos de idade pelo Rio Yacht Club. Kahena também é filha de um velejador campeão mundial, Claudio Künze. Elas se conheceram no início da adolescência, aos 13 anos, e começaram a participar de competições em barcos diferentes.

Depois de conseguirem o ouro em 2016, foram vice-campeãs mundiais em 2017, repetindo o feito de 2013 e 2015. Venceram o Campeonato Mundial de Classes Olímpicas em Aarhus, na Dinamarca, em 2018, e com isso se classificaram para Olimpíada de Tóquio-2020. Tudo isso mesmo com as duas afastadas da 49erFX por uma temporada para que Martine competisse na Volvo Ocean Race.

Já em 2019, elas venceram a etapa da Copa do Mundo disputada em Miami e, no mesmo ano, foram campeãs dos Jogos Pan-Americanos de Lima. No ano seguinte, a dupla foi vencedora do evento-teste que aconteceu em Tóquio, antes do início da pandemia.

Em Tóquio, o Brasil ainda pode colocar mais dois barcos na regara da medalha, nas classes 470 feminina, com Fernanda Oliveira e Ana Barbachan, e na Nacra 17, com Samuel Albrecht e Gabriela Nicolino. O bicampeão olímpico Robert Scheidt terminou a disputa da classe Laser em oitavo, na segunda-feira.

do IG