A Assertif, consultoria especializada na mineração de créditos tributários, acaba de lançar estudo que mede o retorno dos impostos em qualidade de vida para os 100 maiores municípios brasileiros. Entre as capitais, a campeã é a cidade de Curitiba (PR), com a nota 68 em uma escala de 0 a 100. Em seguida, surgem Vitória (ES), com 67,9, e São Paulo (SP), com 66,1.
Denominado Índice de Retorno do Tributo Municipal (IRTM), o estudo utiliza como fonte de regresso dos impostos o Índice de Desafios da Gestão Municipal (IDGM), calculado pela Macroplan para as 100 maiores cidades brasileiras. Já como custos, leva-se em consideração a receita de arrecadação do município (incluindo repasses) em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) municipal, calculados pelo Ipeadata e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na lanterna do levantamento, ocupando as últimas posições no ranking das capitais do IRTM, estão três municípios da Região Norte do Brasil. No antepenúltimo lugar, está Porto Velho (RO), com a nota 46,2; na penúltima, está Belém (PA), com 44,5; e, na última, surge Macapá (AP), com 41,3.
Segundo José Guilherme Sabino, sócio-fundador da Assertif, a decisão de lançar este estudo veio para celebrar os 20 anos da consultoria. “Quisemos entregar para os pagadores de tributos no País mais um instrumento para analisar a aplicação dos recursos arrecadados”, explica. “Os cidadãos assim poderão ter um critério adicional para cobrar seus representantes”, complementa.
Para Bertrand Douet, também sócio-fundador da Assertif, os gestores públicos brasileiros precisam ganhar fôlego na administração e na aplicação inteligente de recursos. “Do mesmo modo, os cidadãos precisam se conscientizar sobre essa questão e, assim, saber cobrar as autoridades”, conclui.