Quinta-feira, 26 de Dezembro de 2024

Agro&Negócio: ‘Paraná já soma US$ 47 milhões em exportação de carne bovina’, por Ricardo Weg

2022-07-20 às 14:57
Foto: Divulgação

As exportações de carne bovina brasileira para os países árabes se mantiveram em elevação no primeiro semestre de 2022. O destaque foi para o Egito, com aumento de 268% em receita neste período. Nesse contexto, dados da Abiec apontam que, em 2022, o Paraná exportou 9.455 toneladas de carne bovina, com uma receita de US$ 47 milhões.

Mesmo já consolidado como o principal exportador de carnes bovina e de frango para os países árabes, este é um mercado que continua em ascensão e movimentando a economia do Brasil. Prova disso são os dados consolidados pela Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes) do primeiro semestre de 2022.

Os dados indicam que as exportações totais para os países da Liga Árabe no primeiro semestre de 2022 totalizaram quase 100 mil toneladas embarcadas, o que representou uma receita de mais de US$ 385 milhões.

Importante destacar que as exportações totais de carne bovina brasileira seguem em crescimento. Ainda segundo a Abiec, nos primeiros seis meses de 2022 somaram US$ 6,2 bilhões, um aumento de 52% em relação à receita obtida no primeiro semestre de 2021. Já o aumento em volume foi de 21,5% em relação ao ano anterior.

“A manutenção desses números positivos reforça a qualidade da carne brasileira, mas também a confiabilidade que o Brasil conquistou junto aos países árabes. Esses mercados, que já representam quase 1/4 da população em todo o mundo, buscam alimentos seguros para o consumo e que atendam aos preceitos da religião islâmica. Com o know-how conquistado em relação à qualidade de suas proteínas Halal, o Brasil atende ao que estes mercados buscam e, por isso, não só se mantém, mas segue em constante expansão na relação comercial promissora junto a esses países”, explica o diretor de Operações da CDIAL Halal, Ahmad M. Saifi.

O processo de certificação analisa toda a cadeia produtiva, como a matéria-prima, insumos, transporte e armazenamento, para garantir, dentre outras coisas, que não haja contaminação cruzada com produtos que alguns países consideram como ilícitos.

Cultura, tradição, religiosidade

Assim como a vaca em alguns países é considerada uma ‘entidade divina’, ou algo do gênero, em outros países consumir suíno também é ‘ilícito’.

Novo mundo

A palavra “Halal” tem um peso especial. Significa em resumo que a certificação Halal habilita para atender esses mercados. É uma espécie de conceito que permeia a alimentação e o uso de produtos cosméticos e farmacêuticos por muçulmanos em todo o mundo, e nesse sentido o Paraná tem feito sua parte.

Protocolo de Intenções marca abertura da AMCG para o Mercado Halal

A empresa que atender aos requisitos de consumidores árabes e muçulmanos, de posse da certificação, abre outros mercados, pois a certificação Halal tem se expandido pelo mundo.

Existem algumas empresas que fazem a certificação. Entre elas a certificadora CDIAL Halal. Para que uma certificadora seja válida, é preciso ser ‘acreditada’ pelos principais órgãos oficiais dos Emirados Árabes (EIAC) e do Golfo (GAC). Esta certificação é aceita em vários locais, inclusive nos países de maior população muçulmana como Malásia, Indonésia, Singapura e Golfo Pérsico (ou Golfo Árabe).

Da redação, com informações da LN Comunicação

Agro&Negócio

por Ricardo Weg

Formado em comunicação-social, letras e MBA em Marketing Digital (Fundação Getulio Vargas), Ricardo Wegrzynovski é multimídia (internet, TV e rádio). Empolgado com a vida, trabalha com marketing e tecnologia. Escreve também para o gigante The Rio Times. É assessor de comunicação em política. Nesse setor trabalhou com a equipe do ex-presidente dos EUA, Barack Obama. Em Brasília, onde morou por 13 anos, trabalhou na Câmara dos Deputados, Ipea, Ministério da Agricultura, e Presidência da República. No exterior trabalhou em Londres e Portugal. Paranaense gente boa, manezinho adotado pela ilha, mora em Floripa quando pode. No mais é “nômade digital”.