{}
NotíciasColunistasSobreContatoAnuncie no DP
Revista DPPonto de VistaManhã Total
NotíciasColunistasSobreContatoAnuncie no DPRevista DPPonto de VistaManhã Total
Agronegócio

La Niña segue afetando agricultura até 2023

há 3 anos

Redação

Publicidade
La Niña segue afetando agricultura até 2023
Publicidade
Os impactos do fenômeno La Niña serão sentidos pelos produtores rurais até o final da colheita da safra 2022/23. Essa foi a conjectura apresentada durante a live realizada pelo Sistema FAEP/SENAR-PR, no dia 30 de agosto. A irregularidade de chuvas e oscilações de temperatura devem se manter até o verão de 2023. LIVE: para conferir o vídeo completo de uma transmissão ao vivo sobre o clima, clique aqui. “Neste intervalo, o agricultor pode ter problemas com falta ou excesso de chuvas. Teremos períodos de mais de três semanas com pouca ou nenhuma precipitação, e, outros, de uma a cinco semanas, com chuva mais intensa e constante. Também há risco de temporais mais intensos que o normal”, sinalizou Ronaldo Coutinho, engenheiro agrônomo da Climaterra Meteorologia. Em relação às temperaturas, o especialista aponta a mesma tendência de variações, com intervalores maiores de frio, quedas bruscas de temperatura e períodos curtos de calor. No Paraná, a primavera promete ser mais fria, com chuvas irregulares. Coutinho também alerta para ocorrência de geadas tardias, com potencial de dano nas lavouras em áreas de maior altitude até novembro. “O inverno tardio é característica de La Niña. Isso influencia quem quer plantar as culturas de verão mais cedo, quem tem culturas de inverno e, principalmente, a fruticultura”, afirmou. “Os meses de outubro, novembro e dezembro talvez sejam o período mais crítico nas lavouras”, acrescentou. Diante deste cenário de instabilidade, uma das recomendações para o produtor é o escalonamento do plantio. Coutinho orienta o uso de cultivares de ciclos intermediários e que a semeadura seja feita por último em regiões de baixada, onde há maior risco de geadas. Além disso, é indispensável que o agricultor tenha seguro contra perdas por intempéries climáticas. Com a chegada do verão, a perspectiva é que a intensidade do La Niña diminua, mas seus efeitos ainda poderão ser sentidos, mesmo que de forma mais branda. “Não acredito em uma situação tão ruim como a do ano passado, com base nos dados de janeiro e fevereiro de 2023, que estão mais próximos da normalidade”, avaliou Coutinho. Monitoramento da seca Durante a transmissão ao vivo, especialistas abordaram os principais aspectos de monitoramento da seca, que depende das características climáticas e hidrológicas da região, além dos tipos de impactos produzidos. O Programa Monitor de Secas, sob coordenação da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), é uma ferramenta para acompanhamento regular e periódico da seca. O programa, que começou em 2014 como um projeto piloto na região Nordeste do Brasil, desde então tem evoluído para alcançar cobertura nacional. Hoje, apenas seis Estados da região Norte estão de fora, que serão inclusos até 2023. Um dos principais resultados do programa é a elaboração de mapas regionais mensais com classificação da seca por grau de severidade. “A ferramenta baseia-se na convergência de evidências, com dados meteorológicos, hidrológicos, agrícolas e observação de impactos. É importante frisar que o monitor não faz previsão de seca, mas fornece diagnósticos para que as instituições estaduais conheçam a dinâmica do fenômeno e possam tomar decisões adequadas”, apontou Priscila Monteiro Gonçalves, meteorologista da ANA. No Paraná, o programa tem parceria com o Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar) e Instituto Água e Terra (IAT), responsáveis por analisar os mapas e agregar informações durante a etapa de validação, com o objetivo de traçar o melhor retrato da seca no Estado. “A seca é um fenômeno muito complexo, que afeta setores de diferentes formas. O diagnóstico é tão importante quanto dar previsões, porque se desenvolve de forma bastante lenta. Por isso, o monitoramento contínuo é essencial para ações de enfrentamento, em que a coesão interinstitucional é fundamental”, afirmou Arlan Scortegagna, hidrólogo do Simepar. O especialista apresentou mapas de anomalias de precipitação mensais, trimestrais, semestrais e anuais, trazendo um panorama hidrológico do Paraná frente à crise hídrica. Segundo Scortegagna, a seca hidrológica, que afeta mananciais e bacias, é mais difícil de ser identificada, pois requer séries históricas longas. “No Paraná, há pouquíssimas séries históricas desse nível. É preciso um monitoramento sofisticado em termos de vazão para conseguirmos fazer essa previsão”, explicou. “Desenvolvemos ferramentas operacionais para isso e, agora, as experiências de um evento devem ser aplicadas nos próximos períodos de seca que vamos enfrentar, o que geralmente ocorre a cada 15 ou 20 anos”, complementou.

da comunicação FAEP

Publicidade

Compartilhe:

Leia também

Lula inaugura obras em Belém e participa de eventos ligados à COP30Presidente permanece na capital paraense até o dia 7 de novembro
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
{ }
Rua Nestor Guimarães, 77 9ª andar, Sala 905 Vila Estrela, Ponta Grossa - PR CEP: 84040-130

Institucional

  • Notícias
  • Colunistas
  • Sobre
  • Contato
  • Anuncie no DP
  • Revista DP
  • Ponto de Vista
  • Manhã Total

Categorias

Redes Sociais

Hospedado por CloudFlash
Desenvolvido por Flize Tecnologia
La Niña segue afetando agricultura até 2023 | D'PontaNews