Muita briga, muita reclamação e pouco trabalho. Até essa semana, esta era a maior marca do Governo Jorginho em Santa Catarina. Mas tudo mudou com a eclosão de dois novos escândalos de potencial atômico em duas áreas chaves para qualquer postulante à reeleição: saúde e educação.

Na saúde, Jorginho já acumulava dois escândalos de desvios de recurso, o primeiro herdado pelo seu parça de Bolsonarismo, Carlos Moisés, o segundo gestado em seu próprio governo. Neste último mês, e nesta última semana em especial, a má gestão e a irresponsabilidade deu as caras na saúde da forma mais dramática e letal. Com as UTIs em colapso por todo estado e o inverno avançando, Jorginho e sua trupe anti-vacinas começam a ver o sangue escorrer pelas mãos.

Já na educação, outra área especialmente sensível, o Tribunal de Contas apontou indícios de fraude no programa que concedia, ou devia conceder, bolsas em universidades para estudantes carentes. A iniciativa já era alvo de muitas críticas por conta da quantidade de estudantes ricos que usufruíram do programa sem precisar, ou precisando menos do que os estudantes pobres, quando esses conseguiam acessar o benefício. É o tipo de escândalo que deve render CPI, investigações e puxar inclusive outras eventuais irregularidades que possam estar acontecendo nesse programa muito suspeito.

A pouco mais de um ano do início do processo eleitoral, é esse o governo que os catarinenses terão que avaliar nessa reta final. Uma gestão com pouca entrega, obras sem impacto e cuja principal marca, se a tendência se confirmar, será a corrupção na saúde e na educação.

Resta saber se o povo catarinense, tão rígido com Lula e tão molenga e cúmplice com a corrupção das dezenas de prefeitos presos, vai passar o pano ou punir Jorginho exemplarmente. Só o futuro, dirá.

Artigo escrito pelo empresário e comunicador João Barbiero.

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