Um homem foi preso nesta segunda-feira (25), em Olinda (PE), após investigação da Polícia Civil de São Paulo. Ele é suspeito de ter enviado e-mails com ameaças ao influenciador e humorista Felipe Bressanim Pereira, conhecido nas redes como Felca. A prisão ocorreu com base em uma decisão judicial do Tribunal de Justiça de São Paulo, expedida em caráter de urgência no dia 17 de agosto.
De acordo com as autoridades, as ameaças estariam ligadas à atuação do suspeito em um esquema de lucro com a venda de vídeos e imagens de vítimas de estupro virtual. As mensagens, enviadas no dia 16 de agosto, teriam sido motivadas por um vídeo publicado por Felca, no qual ele critica a “adultização” de menores nas redes sociais e denuncia o influenciador Hytalo Santos por suposta exploração de crianças e adolescentes em seus conteúdos.
Nas mensagens, o remetente diz: “Você acha que vai ficar impune por denunciar o Hytalo Santos”, seguido por ameaças diretas como “Prepara pra morrer”, “Você vai ferrar muito sua vida” e “Você vai pagar com a sua vida.” Um segundo e-mail, enviado no mesmo dia, reitera o teor das ameaças.
Felca relatou ter recebido também falsas acusações de pedofilia e afirmou à Justiça que os e-mails representavam um risco concreto à sua integridade física. O tribunal acatou o pedido e determinou que o Google Brasil fornecesse os dados de identificação do autor das mensagens em até 24 horas, incluindo endereços de IP e informações cadastrais vinculadas à conta de e-mail.
Segundo o g1, no momento da prisão, o suspeito estava acompanhado de outro homem. De acordo com os policiais, o computador apreendido estava aberto na página de acesso à plataforma de Segurança Pública do Estado de Pernambuco — o que, segundo a investigação, “reforça a gravidade da conduta e será objeto de análise pericial”.
O segundo indivíduo deve ser apresentado à autoridade policial sob suspeita de envolvimento em crimes relacionados à invasão de dispositivo informático, conforme previsto no artigo 154-A do Código Penal. As investigações continuam para apurar a extensão das atividades do grupo e possíveis conexões com outras práticas criminosas. A defesa do suspeito ainda não se manifestou.