Você se lembra do dr. Aldebaran, que, entre outras peripécias, queria ser legalmente reconhecido como o Super Man? Pois ele se envolveu em um novo processo inusitado, para dizer o mínimo. [Confira aqui o documento completo]
O advogado ponta-grossense Aldebaran Luiz Von Holleben, desta vez, apresentou à Vara Criminal da Comarca de Marechal Cândido Rondon, no Oeste paranaense, uma juntada de petição inicial em que acusa o cantor Raul Seixas (1945-1989) de ter provocado o acidente aéreo do AirBus 330, da Air France, que teve como uma das vítimas Pedro Luís de Orleans e Bragança, herdeiro da família real. O detalhe é que o acidente ocorreu quase 20 anos depois da morte do “Maluco Beleza”.
Entre outras coisas, o advogado requer “que seja imposta a maçonaria do Brasil a citação requerido, no plano espiritual correspondente” e pede que Raul Seixas seja condenado por homicídio qualificado.
“Não tenho a menor dúvida que foi o Raul Seixas que matou o Príncipe e não tenho porque sou conselheiro, secretário e membro da diretoria da Ordem dos Músicos do Paraná e esse é meu trabalho denominado serviço público federal voluntário eu tenho grau para concluir corretamente, por esse motivo faço a denuncia crime acompanhada de requerimento comercial”, argumenta Aldebaran na petição.
A “coincidência” apontada pelo advogado, desta vez, se pauta no fato de que, ao fazer sua inscrição de músico prático baterista, em 18 de novembro de 2002, recebeu o número 1989. Sabe-se lá como e por que Aldebaran resolveu associar esse número ao fato de que esse foi o ano da morte de Raul Seixas e o ano em que ele fez um show em Ponta Grossa.
Desse show, ele anexou duas fotos originais e uma delas faz parte de seu acervo pessoal. “Ocorre uma coincidência ou sincronicidade, e a coincidência significativa na arte é rito de produção, as mulheres namoram e tem filhos que serão autoridades e farão leis que irão dominar a vida de todos os brasileiros, além de conseguir
gerar uma renda desproporcional”, alega.
Em continuidade, ele sustenta que se inscreveu para o título de Dinossauro do Rock e quer participação em parceria colaborativa com a banda Rush, por causa da denominação Rush In Rio, do álbum lançado em 2003. A gravura de um dinossauro alado, na capa, segundo o advogado, coincidiria com uma foto dele em que ouvia música no ano de 1976. Para obter o título, segundo ele, seriam necessários 25 anos de atividades ininterruptas no rock, o que ele contesta.
O que isso tem a ver com a queda do AirBus? ¯\_(ツ)_/¯
A petição relaciona, sem argumentos concretos, que posterior a essa “coincidência” do Dinossauro do Rock, teria ocorrido uma série de quedas de aeronaves por falha humana e o acidente que vitimou Pedro Luís de Orleans e Bragança – e mais 227 pessoas, entre tripulantes e passageiros, que ele não menciona.
Aldebaran decidiu apresentar a petição na Comarca de Marechal Cândido Rondon meramente pelo fato de que o cantor realizou um show naquela cidade em 20 de agosto de 1976. “Único show dele que eu tenho conhecimento que tenha ocorrido no Paraná neste ano, mesmo ano da minha foto que faz magicamente o meu titulo de dinossauro do rock”, sustenta.
Sobre a questão nobiliária, ele alega que “as filhas do Raul Seixas podem comprar um título de princesa, que não serão ridicularizadas, eu tenho Casa Real do meu brasão posso conceder, pois eu tenho que pagar uma empresa para fazer os produtos do dinossauro”, afirma. Quanto a esse brasão, no início da petição, o advogado ponta-grossense se apresenta como “descendente do Barão de Holleben, nobre estrangeiro no Brasil, sendo do Império Alemão vinculado ao Império Britânico”.