O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, celebrou o aumento na produção mensal e nas vendas diárias de veículos em agosto. De acordo com balanço divulgado nesta quinta-feira (5) pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), foram produzidos 259.613 veículos no mês passado, um crescimento de 5,2% em relação a julho e de 14,4% na comparação com agosto de 2023. O levantamento inclui carros de passageiros, comerciais leves, caminhões e ônibus.
Este é o melhor resultado da produção mensal desde outubro de 2019, de acordo com a Anfavea. Outro indicador que voltou ao patamar pré-pandemia foi de vendas. No acumulado do ano, foram emplacados 1,6 milhão de autoveículos. Só em agosto, a média diária de vendas foi de 10,8 mil, toralizando 237,4 mil unidades emplacadas no mês, 14,3% a mais que em agosto de 2022.
“Cumprimentar o setor, a Anfavea, pelos bons números. As vendas cresceram 14%, praticamente. E esse é um momento bom. Aumentou a confiança do consumidor. Aumentou a confiança do empresário”, avaliou Alckmin, durante coletiva à imprensa da Anfavea.
O ministro destacou os resultados positivos na economia, que impulsionam a indústria brasileira. “No segundo trimestre era esperado crescimento de 0,9% do PIB. Crescemos 1,4%. A indústria cresceu 1,8% e os investimentos cresceram 2,1%”, destacou.
Na avaliação do presidente Anfavea, Márcio de Lima Leite, os números são reflexos do cenário nacional aliado a novo produtos lançados pelo setor. “As fábricas estão acelerando em função não só da reação consistente do mercado interno, mas também pela quantidade de lançamentos importantes”, explicou.
Descarbonização
Durante a coletiva, o presidente da Anfavea entregou ao ministro um novo estudo intitulado “Avançando nos Caminhos da Descarbonização Automotiva no Brasil”, que aponta que cerca de 50% dos veículos vendidos na virada da década serão híbridos ou elétricos. O documento é uma contribuição da entidade e do setor para a COP, que será realizada este ano no Azerbaijão e no ano que vem em Belém, no Pará.
O estudo ANFAVEA/BCG demonstra que, ao se intensificar o uso das novas tecnologias de propulsão desenvolvidas pelos fabricantes de veículos nacionais, combinadas com a maior utilização de biocombustíveis, pode-se obter uma redução de até 280 milhões de toneladas de CO2 nos próximos 15 anos.
O ministro ressaltou que o Brasil pode ser protagonista global no debate sobre descarbonização e citou algumas ações do governo nesse sentido, como o Projeto de Lei do Combustível do Futuro, que traz avanços importantes na área de biocombustível e ajudará o Brasil a protagonizar a descarbonização do setor. O texto do PL foi aprovado pelo Senado na quarta-feira (4) e voltará para apreciação da Câmara dos Deputados.
Além disso, a descarbonização do setor automotivo ganhou força com o programa Mover. O vice-presidente Geraldo Alckmin lembrou que o programa é uma luta do setor e promove eficiência energética, inovação, qualidade dos produtos e pesquisa e desenvolvimento do setor.
“Este ano, são R$ 3,5 bilhões de crédito financeiro. No ano que vem, R$ 3,8 bilhões, e chegaremos a R$ 19,5 bilhões, até 2026. Esta foi uma das razões de termos o investimento anunciado de R$ 130 bilhões. E só neste ano, 57 mil novos empregos na indústria automotiva”, concluiu Alckmin.
do MDIC