O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a retirada do sigilo de áudios e vídeos relacionados à delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. A decisão ocorreu após o envio da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) ao STF, que envolve uma suposta tentativa de golpe de Estado, tornando públicos os documentos que embasaram as acusações.

Nas gravações, Cid revela informações cruciais, incluindo a implicação de Bolsonaro e do ex-ministro da Defesa, Walter Braga Netto, como supostos responsáveis pelo plano golpista. Além disso, o ex-ajudante de ordens também fornece detalhes sobre outros dois casos nos quais Bolsonaro está sendo investigado: a fraude envolvendo cartões de vacina e o caso das joias sauditas.

A denúncia apresentada pela PGR inclui Bolsonaro e mais 33 pessoas, que são acusadas de diversos crimes, como organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, danos qualificados contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.

O processo segue sob análise do STF, com o ministro Alexandre de Moraes como relator, conforme informado pela CNN Brasil. Após ser intimado, Bolsonaro tem 15 dias para apresentar sua defesa e contestar as acusações. Após esse período, o ministro avaliará os argumentos da defesa e a acusação, sem prazo para concluir sua decisão. Caso Moraes decida que o processo deve ser julgado, o caso será encaminhado à Primeira Turma do STF, que decidirá se os denunciados serão transformados em réus.

Se a denúncia for aceita, será aberta uma ação penal para a coleta de provas e depoimentos, tanto da defesa quanto da acusação.

Assista um dos trechos abaixo: