Quinta-feira, 05 de Junho de 2025

Anvisa proíbe venda de três marcas de “café fake”; análises apontam presença de toxinas nos produtos

2025-06-03 às 13:36
Fotos: Amazon/Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic)/Reprodução

Produtos de três marcas vendidas como “pó para preparo de bebida sabor café” foram proibidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) após análises apontarem contaminação por toxinas e presença de ingredientes impróprios para o consumo humano.

A decisão, publicada nesta semana, envolve os produtos das marcas Melissa, Pingo Preto e Oficial, fabricados por três empresas diferentes. Os lotes analisados apresentaram, entre outros problemas, presença da substância ocratoxina A — toxina produzida por fungos —, além de misturas com grãos crus, folhas, pedras, cascas e resíduos acima dos limites permitidos por lei.

As informações foram levantadas inicialmente pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que havia classificado os produtos como inadequados ainda em março deste ano. Os dados subsidiaram a proibição emitida pela Anvisa, que também apontou irregularidades nos rótulos — como a alegação de que os produtos continham “café torrado e moído” ou “polpa de café”, o que não foi confirmado pelas análises.

As fabricantes responsáveis são:

Master Blends Indústria de Alimentos Ltda.

D M Alimentos Ltda. (marca Melissa)

Jurerê Caffe Comércio de Alimentos Ltda. (marca Pingo Preto)

A determinação da Anvisa exige recolhimento imediato de todos os lotes das marcas mencionadas. A agência orienta consumidores a não utilizarem os produtos e a comunicarem eventuais irregularidades aos canais oficiais de fiscalização sanitária.

Segundo o órgão regulador, os produtos foram considerados enganosos, tanto pela composição real quanto pela forma de apresentação ao público, com falhas graves no controle de qualidade e no processamento da matéria-prima.