Durante a cerimônia de Anúncio de Financiamento dos Bancos Públicos para Investimentos nos Estados, nesta terça-feira (12), no Palácio do Planalto, em Brasília, o presidente Lula afirmou “para isso que existem bancos públicos: para fazer aquilo que muitas vezes a iniciativa privada não quer fazer. A orientação é essa: prefeito não é bandido, governador não é bandido. Se ele estiver com as contas em dia, tem direito de ir ao banco, pedir financiamento e o banco financiar”.
A frase do presidente sinaliza uma retomada do papel dos bancos públicos no fomento à dinamização da economia e à infraestrutura. As operações de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Caixa Econômica Federal (CEF) e do Banco do Brasil (BB) em 2023 atingiram R$ 56,4 bilhões. O resultado supera o total dos quatro anos anteriores.
Os financiamentos somam R$ 32,1 bilhões em 16 estados e R$ 24,3 bilhões em 805 municípios de 25 estados. O BNDES aprovou operações com São Paulo, Pará, Mato Grosso do Sul, Ceará, Santa Catarina, Espírito Santo, Maranhão e Sergipe, num total de R$ 18,2 bilhões. “Em 2022, o BNDES emprestou R$ 844 milhões. Este ano, para governadores e projetos estruturantes de municípios, já aprovamos R$ 22 bilhões”, pontuou o presidente do BNDES, Aloízio Mercadante.
A Caixa Econômica Federal aprovou operações de crédito no estado de Pernambuco que totalizam R$ 2,3 bilhões. Já o Banco do Brasil aprovou ações no Distrito Federal e em Pernambuco, no total de R$ 700 milhões.
“São operações de crédito que desempenham um papel fundamental para impulsionar os setores produtivos e potencializar a implementação de políticas públicas. Emprestamos recursos para desde o pequeno município do interior aos grandes estados”, explicou a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros.
O presidente em exercício da Caixa, Marcos Brasiliano, argumentou que o banco está pronto para apoiar os estados e municípios em seus projetos de infraestrutura. “Isso ajuda não só a movimentar a economia. O objetivo central é o cidadão, e é para isso que precisamos atuar”, disse.
SETORES – Entre os objetivos dos investimentos, a área de saneamento recebe maior operação de crédito, com R$ 15 bilhões, seguida por mobilidade (R$ 13,2 bilhões), infraestrutura urbana (R$ 10,1 bilhões), multieixos, que inclui transportes, infraestrutura urbana e social (R$ 5,5 bilhões) e transportes (R$ 3,9 bilhões). Existem ainda R$ 23,5 bilhões em operações de crédito em andamento.
“Quero destacar que são R$ 56 bilhões de reais se somados os bancos. É mais do que os quatro anos anteriores de empréstimos, dentro da absoluta margem de segurança fiscal e financeira que os estados podem contrair. Esse volume de investimento vai se transformar em 2024 em compra de cimento, de bloco, de ferro, de equipamentos, de escolas, de um volume de aquisições que vai dinamizar várias cadeias produtivas”, afirmou o ministro da Casa Civil, Rui Costa.
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