Uma das principais datas do varejo, a Black Friday pode ser uma boa oportunidade para quem busca descontos, mas o evento também atrai pessoas mal-intencionadas.
Para evitar golpes e operações fraudulentas no período, marcado para o dia 25 de novembro, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, publicou uma série de dicas.
O órgão ainda faz um alerta para que consumidores tenham atenção redobrada em compras via e-commerce, onde as práticas enganosas são mais recorrentes. Confira abaixo as dicas para aproveitar das ofertas da Black Friday em segurança.
Um dos principais métodos de golpistas é enviar links e anúncios que simulam o site oficial, mas que, ao efetuar a compra, se provam fraudulentos, ou ainda instalam softwares maliciosos sem que o usuário se dê conta.
Por isso, a Senacon orienta a procura por sites oficiais das lojas que interessem o consumidor e cuidado com anúncios de fornecedores desconhecidos.
Vale conferir listas de fornecedores que devem ser evitados, publicadas por alguns Procons.
A plataforma consumidor.gov.br permite que a checagem da reputação de grandes varejistas, incluindo também reclamações, experiências de usuários e outros dados relevante. A Senacon orienta que os consumidores acessem o site para que tenham mais segurança na hora de efetuar a compra;
Além disso, é importante que as ofertas sejam comparadas em sites diferentes, e que o alerta soe para produtos que apareçam muito mais baratos em alguma plataforma em comparação às concorrentes.
Outra dica é manter uma cópia dos anúncios e suas condições, para que o usuário possa recorrer ao fornecedor ou ao Procon em caso de descumprimento pela loja das normas acordadas. É interessante também pegar uma declaração por escrito, em lojas físicas, caso um produto comprado possa ser trocado, em modelo ou tamanho.
Alguns varejistas lançam mão de uma estratégia enganosa: pouco antes da Black Friday, sobem o valor do produto para que, na data promocional, seja cobrado o preço original, e não o descontado. A dica da Senacon é que o consumidor pesquise antes que a data comemorativa bata à porta, de forma a evitar as supostas ofertas.
O órgão ainda diz que, caso a manipulação de preços seja identificada, a orientação é denunciá-la ao Procon local.
Antes que o produto seja de fato comprado, a Senacon orienta que o consumidor verifique a presença de certificados de segurança de pagamentos nas transações bancárias realizadas com o fornecedor: sites para pagamento online devem ter endereço inicial com “https://” ou imagem de pequeno cadeado fechado no canto inferior direito da tela.
A dica é também evitar compras em computadores de terceiros ou em redes Wi-Fi públicas. Para quem optar por pagar com Pix, deve-se sempre conferir também os dados do recebedor.
Caso o consumidor se arrependa do produto comprado em e-commerces, ele tem o direito de devolvê-lo ao fornecedor por um período de 7 dias, contados a partir da data de entrega.
Vale reforçar que compras feitas em lojas físicas não têm essa garantia legal. Por isso, em qualquer hipótese, a Senacon orienta que o consumidor se informe sobre as políticas de devolução e trocas antes que o pagamento seja efetuado.
A Senacon reforça a dica para que consumidores não se deixem levar pelas ofertas e efetuem compras por impulso, sobretudo quando há chances de endividamento. “É importante estar atento para comprar somente o necessário”, escreve o órgão.
Se o problema não for resolvido diretamente com a empresa, a Senacon indica que o consumidor acione o Procon mais próximo ou registre uma reclamação formal junto à plataforma consumidor.gov.br.