O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou estar com a “consciência tranquila” diante da possibilidade de prisão relacionada à investigação sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022. Ele declarou não haver motivos para sua condenação, que está tranquilo, embora tenha admitido que não gostaria de estar na situação atual. Essas declarações foram feitas nesta segunda-feira (9) durante um intervalo no interrogatório do tenente-coronel Mauro Cid no Supremo Tribunal Federal (STF), sendo o primeiro réu a ser ouvido no processo. Bolsonaro deve depor nos próximos dias, entre terça (10) e quarta-feira (11).
Segundo o SBT News, Bolsonaro evitou comentar as acusações feitas por Mauro Cid, que afirmou em seu depoimento que o ex-presidente buscava fraude nas urnas para justificar o golpe e que teria editado a chamada minuta golpista. Bolsonaro explicou que o uso da expressão “filho” para se referir a Mauro Cid se deve à amizade com o pai dele, o general Mauro Lourena Cid, e afirmou não ter problemas com o tenente-coronel.
O processo no STF envolve 26 denunciados divididos em três núcleos, com Bolsonaro e seus aliados sendo acusados de crimes como tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, participação em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Os interrogatórios são parte da fase de instrução criminal, na qual defesa e acusação produzem provas para o julgamento.