Sábado, 12 de Outubro de 2024

Braga Netto critica comandante do Exército que rejeitou plano golpista: ‘Oferece a cabeça dele. Cagão’

2024-02-08 às 14:54
Foto: Marcelo Camarg/Agência Brasil

Na manhã desta quinta-feira (8), a Polícia Federal deflagrou uma operação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, ex-ministros e ex-assessores dele investigados por tentativa de golpe de Estado no país e invalidar as eleições de 2022, vencidas por Luiz Inácio Lula da Silva. A ação é embasada na decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. Em determinado trecho do texto são apresentadas mensagens do general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e vice na chapa de Bolsonaro em 2022. Em uma delas, ele se refere ao general Freire Gomes, então comandante do Exército, como “cagão” por ele não apoiar o plano de golpe.

Confira o trecho abaixo:

O investigado WALTER SOUZA BRAGA NETTO, inclusive, chegou a encaminhar para AILTON GONÇALVES MORAES BARROS mensagem que teria recebido de um ” FE” (Forças Especiais), com a seguinte afirmação:”Meu amigo, infelizmente tenho que dizer que a culpa pelo que está acontecendo e acontecerá e do Gen FREIRE GOMES. Omissão e indecisão não cabem a um combatente”.

Em resposta, AILTON BARROS sugere continuar a pressionar o General FREIRE GOMES e caso insistisse em não aderir ao golpe de Estado afirmou “vamos oferecer a cabeça dele aos leões”. O investigado BRAGA NETTO concorda e dá a ordem: “Oferece a cabeça dele. Cagão”.

Ailton Barros citado no trecho é ex-militar e foi candidato a deputado estadual pelo PL. Clique aqui e acesse a decisão de Alexandre de Moraes na íntegra.