Segunda-feira, 03 de Março de 2025

Carnaval termina em confusão com a polícia; veja o vídeo

2025-03-02 às 10:42
Itatiaia

De acordo com informações do site Itatiaia, um bloco de Carnaval na Praça Antônio Carlos, em Juiz de Fora, Zona da Mata mineira, resultou em confusão na noite do último sábado (1). Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram que crianças e mulheres foram atingidas pelo spray de pimenta, enquanto a polícia afirma que foliões atacaram os militares com garrafas de vidro.

Os relatos de testemunhas indicam que houve brutalidade por parte da Polícia Militar (PM) ao tentar dispersar a multidão. Um ônibus coletivo foi danificado, com o para-brisa frontal quebrado.

Em um vídeo, uma mulher que estava presente disse. “A gente estava no bloco da Benemérita, que é um grande bloco, principalmente para pessoas negras e LGBTs e a polícia dispersou o bloco com spray de pimenta e bomba. Tinha muita criança no palco, foi todo mundo afetado pelo spray de pimenta.” As imagens mostram várias pessoas deitadas na calçada recebendo socorro.

A mesma mulher relatou que ela foi “chutada” e que os organizadores do bloco foram presos, ressaltando que ambos eram pessoas trans. Nas filmagens, é visível um dos organizadores levando uma coronhada de um policial. Ela ainda mencionou que a situação se agravou após os foliões protestarem contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Posicionamento da Polícia Militar

Em entrevista ao site Itatiaia neste domingo (2), a Major da PM, Layla Brunella, explicou que a intervenção ocorreu após um ônibus ser apedrejado e os foliões atacarem os policiais. “De acordo com os militares que estavam no local, houve uma mudança no perfil do que seria um bloco de Carnaval e iniciaram-se ali músicas de baile funk, a venda de bebida para menores e o uso de drogas”, afirmou.

A Major ressaltou que o reforço militar foi necessário após os foliões arremessarem garrafas contra os policiais e a organizadora do bloco incitar a violência. “Houve essa necessidade de intervenção inicial, com a chamada inclusive de reforço de policiais militares, porque eles apedrejaram o ônibus da cidade. Em razão dessa violência, os militares iniciaram uma ação para abordar esses suspeitos”, explicou.

Sobre o uso de spray de pimenta, a Major justificou que foi uma resposta à violência dos foliões: “Nós pedimos reforço e houve necessidade de uso de gás, de uso de força para conter as pessoas em relação aos nossos policiais militares.”

No total, três pessoas foram presas, incluindo a organizadora do bloco, que enfrenta acusações de incitação à violência, desobediência, desacato, ameaça e resistência. Outra pessoa foi levada à delegacia por agredir um policial militar, e o terceiro detido foi acusado de arremessar uma garrafa contra um PM, respondendo por lesão corporal tentada, desobediência, desacato e resistência.