As Americanas entraram hoje (19) com pedido de recuperação judicial para evitar a quebra da empresa após a revelação de um rombo bilionário em seus balanços financeiros.
Buscou-se o ajuizamento da tutela cautelar de caráter antecedente, a fim de evitar danos irreversíveis ao seu caixa, que é essencial, passe o truísmo [obviedade], para o funcionamento de uma grande empresa do setor varejista.”
A empresa declarou dívidas de R$ 43 bilhões com um total de 16.300 credores. Mais cedo a empresa tinha revelado estar com apenas R$ 800 milhões em caixa, dos quais “parcela significativa” estava “injustificadamente indisponível para movimentação”
Por meio de nota, as Americanas informaram que seguirão “operando normalmente dentro das novas regras da recuperação judicial, cujo um dos objetivos principais é a própria manutenção de empregos, pagamento de impostos e a boa relação com seus fornecedores e credores e investidores de forma geral”.
Entenda a crise das Americanas
O ex-CEO da empresa Sérgio Rial ficou apenas dez dias no cargo e pediu demissão após revelar um rombo de R$ 20 bilhões na empresa. No dia 13, as Americanas conseguiram uma proteção liminar contra credores e a Justiça deu 30 dias para a empresa decidir se pedirá ou não recuperação judicial, citando uma dívida potencial de R$ 40 bilhões.
Para justificar o pedido de recuperação judicial, a empresa diz que todo o seu caixa ‘vem sendo dragado’ pelos bancos e que sem a proteção contra credores há risco de ‘absoluto aniquilamento do fluxo de caixa’ do grupo, o que impedirá o pagamento de fornecedores e funcionários.
A empresa afirma manter mais de 100 mil empregos diretos e indiretos, e reunir 3.600 estabelecimentos no país.
Agora, o próximo passo é aguardar o atendimento ou não do pedido de recuperação.