Depois de meses de seca e aviso de especialistas sobre a necessidade urgente de ações para conter consumo de energia, o governo anunciou ontem como medida para conter a falta de água um novo reajuste nas contas de energia residenciais. Foi criada outra bandeira tarifária, chamada de “escassez hídrica”, com valores ainda maiores que a bandeira vermelha 2, passando de R$ 9,49 para R$ 14,20 a cada 100 quilowatt-hora (kWh), o que representa um reajuste de 50%. A mudança provocará um aumento de 6,78% na tarifa média dos consumidores, de acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
A nova bandeira irá valer até abril de 2022. Ao longo do ano, o consumidor sofreu com seis reajustes. A bandeira ficou amarela entre janeiro e abril, vermelha 1 em maio e 2, em junho. Em julho e agosto também foi vermelha 2, após passar por um reajuste de R$ 6,24 para R$ 9,49. Além dos cinco reajustes nas bandeiras tarifárias, houve também o aumento anual na conta de luz em cada estado. No Rio, em março, foi anunciado pela Light uma alta de 4,6%.
Junto com reajuste, o governo anunciou um programa de bônus. Mas não será o governo que pagará essa conta, que custará R$ 340 milhões. Os recursos vão sair do Encargo de Serviços do Sistema (ESS), uma obrigação que é cobrada nas contas de luz. Portanto, o bônus será custeado pelos próprios consumidores, tanto os atendidos pelas distribuidoras quanto pelos que operam no chamado mercado livre, como as indústrias.
Para os especialistas, o governo demorou muito para agir. Os reservatórios do Sudeste e do Centro-Oeste, estão com 22% de nível de armazenamento, inferior ao nível de agosto de 2001, do famoso racionamento.
Para calcular a economia, a comparação começará com base em uma média mensal do consumo dos meses de setembro, outubro e novembro de 2020. A pedido do Extra, o economista e professor do Ibmec, Tiago Sayão fez simulações sobre o impacto do reajuste no bolso do consumidor.
Perguntado se ainda há risco de apagão, o ministro Bento Albuquerque disse acreditar estar no caminho certo:
“A fotografia de hoje é essa. Nós não temos como prever o futuro.”Geladeira e freezer
– Evite a proximidade com o fogão ou áreas expostas ao sol
– Se o eletrodoméstico ficar entre armários e paredes, deixe um espaço de pelo menos 15 centímetros dos lados e no fundo do aparelho
– Evite abrir a porta da geladeira por tempo prolongado –a dica é espaçar os alimentos para que fique mais fácil de encontrá-los e anotar em um papel o que tem na geladeira e no freezer para consultar antes de abri-los
– Não guarde alimentos e líquidos quentes
– Não forre as prateleiras com vidros ou plásticos, pois isso dificulta a circulação interna do ar
– Limpe as serpentinas (grades) do eletrodoméstico periodicamente
Aquecedor
– Prefira modelos que disponham de tanque com melhor isolamento e controle de temperatura
– Regule o aparelho regularmente
Iluminação
– Use lâmpadas fluorescentes ou de LED onde a luz fica acesa por mais tempo
– Evite acender as luzes enquanto tiver luz do sol entrando pelas janelas
– Apague as luzes ao deixar um ambiente
– Use cores claras ao pintar o teto e as paredes, pois ajudam a refletir a luz, reduzindo a necessidade de luzes artificiais
Televisão
– Mantenha desligada quando não tiver ninguém assistindo
– Não durma com o aparelho ligado
– Use o temporizador para que a TV desligue automaticamente quando necessário
Ar condicionado
– Escolha um modelo adequado ao tamanho do ambiente que será utilizado
– Prefira aparelhos com controle automático de temperatura
– Quando instalar, evite que o aparelho fique exposto ao sol
– Quando o aparelho estiver funcionando, mantinha portas e janelas fechadas
– Mantenha os filtros limpos para não prejudicar a circulação do ar
Máquina de lavar louças ou roupas
Ligue somente com toda capacidade preenchida
Chuveiro
– Só ligue o chuveiro quando estiver pronto para o banho
– Feche a torneira enquanto se ensaboa
– Tente reduzir o tempo dos banhos