Domingo, 11 de Maio de 2025

Criança se joga na frente da mãe para salvá-la de tiros disparados pelo pai

Filha tentou proteger a mãe durante ataque em clínica médica; mãe foi morta e criança ficou ferida
2025-05-09 às 14:34

Uma menina de 10 anos protagonizou um ato de coragem ao tentar salvar a mãe, Amanda Fernandes Carvalho, durante um ataque violento cometido pelo próprio pai, o sargento da Polícia Militar Samir Carvalho, dentro de uma clínica médica em Santos, litoral de São Paulo. O crime ocorreu na última quarta-feira (7), quando Samir efetuou disparos contra a esposa e a filha, além de desferir cerca de dez golpes de faca em Amanda, que morreu no local.

A criança, ferida ao se jogar na frente da mãe para protegê-la dos tiros, foi socorrida e levada à Santa Casa de Santos, onde recebeu atendimento especializado. O estado de saúde da menina não foi divulgado oficialmente.

Detalhes do crime

Segundo o G1, o caso aconteceu na Avenida Pinheiro Machado, bairro Marapé, durante uma consulta médica. Segundo depoimento do médico proprietário da clínica, Amanda entrou na sala muito nervosa, relatando que estava sendo ameaçada pelo marido, que é policial e estava armado. Ela teria dito: “Meu marido está comigo, está armado, é policial e ele quer me matar, pois estamos nos separando”.

Após a chegada da Polícia Militar, Samir mostrou aos agentes que não estava armado, o que levou o médico a abrir a porta do consultório. Nesse momento, o sargento pegou uma arma que estava em outra sala e disparou contra a esposa e a filha. Em seguida, ele utilizou uma faca para golpear Amanda, que não resistiu aos ferimentos. A filha do casal ficou ferida ao tentar proteger a mãe, se jogando na frente dela para evitar que fosse atingida pelos tiros.

Investigação e repercussão

Samir Carvalho foi preso em flagrante e encaminhado ao Presídio Militar Romão Gomes, em São Paulo. A Polícia Militar instaurou um Inquérito Policial Militar para apurar a conduta dos agentes que atenderam a ocorrência, já que há questionamentos sobre as medidas adotadas para impedir o crime. O caso foi registrado como feminicídio e tentativa de homicídio na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Santos.