Por: Amanda Martins
Partidos de todos os espectros da direita, do PL tradicional aos grupos com ligação ao Centrão, classificam o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) como “incontrolável” e um agente de desordem constante nas articulações políticas para 2026. Para caciques desse eixo, a distância de 7 mil quilômetros entre Eduardo e o pai, Jair Bolsonaro, e as decisões do STF tornam qualquer acordo sobre candidatura presidencial praticamente inviável.
Segundo informações do Portal Metrópole, as lideranças ouvidas nos bastidores, Eduardo mantém cerca de 20% das intenções de voto consolidadas. Embora não seja suficiente para levá-lo a um segundo turno, esse eleitorado pode impedir a vitória de outro candidato de direita, já que parte dos eleitores se recusa a apoiar alguém fora da família Bolsonaro.
O deputado é apontado como intransigente, especialmente em relação ao PL e à anistia ampla, geral e irrestrita para os condenados pelo Supremo, o que, segundo aliados, deixaria seu pai e outros sem benefícios. Mesmo um eventual acordo poderia ser rapidamente desfeito, criando incerteza sobre candidaturas como a de Tarcísio de Freitas ao Planalto.
Recentemente, o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), visitou Eduardo nos Estados Unidos, onde ele se mudou no início do ano e articula ações alinhadas ao governo Donald Trump, denunciando supostas perseguições ao pai.