Em sua visita à capital paranaense nesta quinta-feira (15), o presidente Lula concedeu uma entrevista exclusiva ao comunicador e diretor do Grupo D’Ponta Mídias e Consultoria, João Barbiero. A entrevista foi transmitida pelo D’Ponta News e pela Rádio T para todo o Paraná.
Durante a conversa, o presidente falou sobre a situação da Venezuela e disse que o Brasil e o país vizinho estreitaram relações em seu primeiro mandato, em 2002, quando Hugo Chávez ainda era presidente. “A Venezuela era um país que o Brasil tinha um superávit de US$4 bilhões por ano e essa relação ficou deteriorada porque a situação política está ficando deteriorada”, declarou.
Lula relatou que em uma conversa anterior com o presidente Nicolás Maduro teria dito que “a transparência do processo eleitoral e a legitimidade do resultado é que iriam permitir brigarmos para que fossem suspensas as sanções contra a Venezuela”, expõe.
Após as eleições no último dia 28 no país, a proclamação de Maduro como presidente reeleito a seu terceiro mandato pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, órgão responsável pela apuração, e denúncia de fraude pela oposição que disse que o vencedor foi Edmundo González, Lula declarou que “é importante que tenha alguém para analisar as atas das eleições. (…) O que nós queremos é que o CNE diga publicamente quem é que ganhou”.
Quando questionado se reconhece a vitória de Maduro, Lula afirma: “ainda não. Ele sabe que ele está devendo uma explicação para a sociedade brasileira e para o mundo”.
“Tem que apresentar os dados. Agora os dados têm que ser apresentados por algo que seja confiável. (…) Ele não mandou para o CNE, ele mandou para a Justiça, para a Suprema Corte dele; eu não posso julgar a Suprema Corte de um país”, declarou Lula.
E continuou dizendo: “Eu não posso dizer que a oposição foi vitoriosa, porque eu não tenho os dados, muito menos dizer que o Maduro foi vitorioso (…). Eu não quero me comportar de forma apaixonada e precipitada (…). Da mesma forma que eu quero que respeitem o Brasil, eu quero respeitar a soberania dos outros países”, finalizou.
Assista a entrevista na íntegra: