Em entrevista à revista “Veja”, o advogado Frederick Wassef – profissional de confiança do presidente Jair Bolsonaro e do senador Flávio Bolsonaro – afirmou que escondeu o ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz em uma de suas propriedades, em Atibaia, interior paulista, para “proteger” o presidente.
Ex-assessor de Flávio e amigo de Jair, Queiroz foi preso dias atrás. Ele é investigado no caso que apura um suposto esquema de “rachadinha” no antigo gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio.
À revista, Wassef – que deixou a defesa de Flávio – afirmou que, ao esconder Queiroz, conseguiu impedir que o ex-policial fosse assassinado. Segundo ele, o amigo do presidente estava jurado de morte por “forças ocultas”. Wassef afirmou ainda que, ao fazer isso, também protegeu Bolsonaro, pois o assassinato do ex-policial seria atribuído ao presidente ou aos seus filhos.
Conforme a publicação, Wassef alterna momentos de euforia com depressão. Ele teria afirmado a pessoas próximas que se preparou para, a qualquer momento, receber uma visita da polícia.
O advogado conta que não informou Bolsonaro sobre o esconderijo providenciado a Queiroz. Mas não conseguiu explicar como Bolsonaro, logo após a prisão de Queiroz, afirmou que o ex-policial estava hospedado na casa do advogado porque estava fazendo tratamento médico em São Paulo.
Wassef diz que, após a prisão de Queiroz, teve a oportunidade de explicar ao presidente porque ele resolveu escondê-lo e pedir desculpas pelo “erro”.
Durante a conversa com a revista, Wassef não respondeu se ofereceu a ajuda a Queiroz por iniciativa própria ou se o auxílio lhe foi solicitado. Também não respondeu se já conversou com Queiroz. Repete que fez “uma coisa, em princípio, 100% humanitária”.
Com Informações: Valor Econômico/Veja/Foto:Reprodução/UOL