Um inusitado caso de correspondência no Itamaraty, envolvendo um desenho de um pênis com asas, ganhou atenção nacional ao ser investigado pela Polícia Federal (PF). A história começou em junho de 2024, quando o primeiro-secretário Cristiano Ebner, chefe da Divisão de Saúde e Segurança do Servidor (DSS) do Ministério das Relações Exteriores (MRE), recebeu um envelope com o desenho obsceno. Caso foi divulgado nesta semana.
O remetente usou o nome de uma suposta “Fundação Kresus”, sem identificação real. O nome pode estar relacionado à mitologia grega, remetendo a Creso, o último rei da Dinastia Mermnada. Ebner, que lida com exames médicos que podem afetar a transferência de servidores, viu a correspondência como uma ameaça e relatou o caso à Corregedoria do MRE e à PF.
A PF identificou o remetente em agosto de 2024, por meio de imagens de segurança dos Correios, como sendo Pablo Cardoso, embaixador em Lisboa. Cardoso confessou que o desenho foi uma “pegadinha” infantil, motivada por uma brincadeira entre colegas. Ele havia comentado que faria uma “brincadeirinha” se recebesse uma instrução numa sexta-feira.
Cardoso assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) em outubro de 2024, comprometendo-se a manter conduta compatível com seu cargo por 24 meses. A PF arquivou o caso por falta de elementos para caracterizar ameaça.