O corpo do empresário Adalberto Amarilio dos Santos Junior, de 35 anos, foi encontrado na manhã desta terça-feira (3) dentro de um buraco de aproximadamente três metros de profundidade em uma área de obras no Autódromo de Interlagos, na Zona Sul de São Paulo. Adalberto estava desaparecido desde a noite de sexta-feira (30), quando participou de um evento de experiências com motos no autódromo e, ao se despedir de amigos, informou que iria buscar seu carro no estacionamento do kartódromo, localizado dentro do complexo esportivo.
Adalberto dos Santos Junior era empresário do ramo óptico, com unidades em Osasco e Barueri, e também optometrista. Nas redes sociais, mostrava-se entusiasta do motociclismo e do kart, modalidade na qual era tricampeão paulista. Ele era casado e conhecido por seu envolvimento em eventos esportivos e viagens de moto.
O último contato de Adalberto com a esposa, Fernanda Dândalo, ocorreu por volta das 19h40 de sexta-feira. Preocupada com a ausência do marido, ela acionou um amigo que também estava no evento. O amigo relatou que, ao se despedir, Adalberto afirmou que contornaria o autódromo para buscar o carro. O rastreamento do celular, feito por familiares, indicou que o aparelho permaneceu parado no autódromo desde então. O veículo do empresário também foi localizado no estacionamento, sem sinais de arrombamento ou uso.
O corpo foi localizado por um funcionário da obra em uma área isolada por tapumes e barreiras de concreto, destinada à requalificação da pista e construção de um novo muro, conforme informou a Prefeitura de São Paulo. Adalberto estava sem calça e sem tênis, mas com seus pertences pessoais – carteira, celular, aliança e capacete – próximos ao corpo. Não havia marcas aparentes de agressão ou sangue, e o corpo não apresentava sinais de tentativa de sair do buraco, que tem cerca de 45 centímetros de diâmetro e três metros de profundidade.
A Polícia Civil trata o caso como morte suspeita. A principal linha de investigação aponta que Adalberto pode ter sido colocado no buraco já sem vida, pois não foram identificados indícios de luta ou esforço para escapar do local. Legistas estimam que a morte ocorreu entre 36 e 40 horas antes da localização do corpo. Até o momento, não há suspeitos identificados, e a polícia segue analisando imagens de câmeras de segurança e ouvindo testemunhas para esclarecer as circunstâncias do caso. O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) está à frente das apurações.