Sábado, 24 de Maio de 2025

Espiritismo: “A mediunidade e a comunicabilidade com os espíritos é trabalhada no sentido de progresso e caridade com o próximo”, afirma palestrante

2023-01-24 às 16:02

O Brasil é o país com maior número de adeptos ao Espiritismo. de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o país tinha mais de 3,8 milhões de adeptos em 2019. Em entrevista ao programa Manhã Total, apresentado por João Barbiero e José Amilton, na Rádio Lagoa Dourada FM (105,9 para Ponta Grossa e região e 90,9 para Telêmaco Borba), nesta terça-feira (24), a palestrante da União Regional Espírita, Rafaela Luana Paula Abib Neves, esclareceu dúvidas recorrentes com relação à doutrina e à mediunidade.

Segundo Rafaela, a mediunidade é antiga e existe “desde que o mundo é mundo”. Ela afirma que na época de Moisés, por exemplo, a comunicação com os espíritos foi proibida devido à curiosidade que os reis tinham em saber quem iria ganhar uma guerra, quem seria mais rico do que o outro. “Era usada para esse lado que não é correto”, destaca a palestrante.

“Mas a mediunidade, todas as pessoas possuem, isso está no Livro dos Espíritos, é inerente. De uma forma simples, podemos dizer que a mediunidade é o ‘sexto sentido’. Que é aquela possibilidade de estarmos notando o mundo invisível. Sentir calafrios dependendo do lugar que você entra, se sentir mal perto de algumas pessoas, às vezes vê vultos, às vezes a pessoa tem sonhos com pessoas que já desencarnaram, tudo isso são sinais de mediunidade”, explica.

Embora todos possuam a mediunidade, Rafaela Neves afirma que algumas pessoas têm esta característica mais desenvolvida, como é o caso dos médiuns. “São pessoas que trabalham a mediunidade no sentido da palavra, que fazem a comunicabilidade com o mundo invisível”, pontua.

Mediunidade como caridade

Desta forma, ela explica que “a mediunidade e a comunicabilidade com os espíritos é trabalhada no sentido de progresso, você trabalhar com ela é uma caridade com o próximo”.

Dentro da doutrina Espírita os trabalhos mediúnicos são desenvolvidos para o atendimento do mundo espiritual, dos espíritos que estão perdidos, como explica Neves. “São pessoas que desencarnaram em um acidente e não sabem o que está acontecendo, desencarnaram de uma doença e estão perdidos, como também de pessoas que às vezes estão sofrendo com a interferência de espíritos inferiores, que popularmente conhecemos como ‘encosto’ e na doutrina espírita chamamos de obsessão”, diz.

“É colocado o nome dessas pessoas nesses trabalhos e médiuns já bem experientes dão a comunicabilidade a esses espíritos inferiores que estão perturbando e através disso é comunicado àquele espírito, sem violência nenhuma, e encaminham estes espíritos para as colônias espirituais e afastado dessas pessoas que eles estão prejudicando”, completa.

Preconceito

Segundo Rafaela Neves, existe muito preconceito com o Espiritismo, principalmente pela falta de conhecimento das pessoas. A palestrante ainda afirma que a mediunidade está presente nas outras religiões. “Por exemplo os evangélicos, eles falam dos dons, que os pastores falam em línguas, fazem visões, isso é mediunidade. Os católicos às vezes fazem as orações com imposições de mãos, é o nosso passe, que é transmissão de energias. Todas as religiões trabalham a mediunidade, mas não usam esta palavra”, diz.

“Quem faz análise do Espiritismo, que frequenta um Centro Espírita, Kardecista, federado à federação espírita, verifica que não tem nada que seja contrário à moral cristã. Muitos padres e pastores que criticam, acabam não sabendo que é uma doutrina cristã, que segue Jesus, que prega a verdadeira caridade”, explica.

Acompanhe o trabalho da palestrante Rafaela Neves no Youtube: https://www.youtube.com/@palestrasespiritasrafaelaa797

Confira a entrevista completa: