Um estudante de Teatro da UEMS, de 23 anos, foi brutalmente agredido por cerca de dez homens na madrugada de sábado, 9, em pleno Centro de Campo Grande, próximo à Feira Central. O ataque aconteceu logo após ele trocar beijos com outro rapaz em frente ao Armazém Cultural, local conhecido pela movimentação de jovens e bares. A vítima relatou que o grupo proferiu ofensas homofóbicas enquanto destruía sua moto e o agredia fisicamente com capacetadas e chutes. Segundo ele, caso não tivesse usado capacete, poderia ter morrido.
Segundo a TopMidias, o estudante descreveu que, mesmo ferido, conseguiu fugir e voltou ao bar para buscar ajuda, mas, surpreendentemente, não recebeu acolhimento da equipe local, que demorou a liberá-lo para entrar e oferecer qualquer assistência. Ele precisou contar com o apoio dos amigos para cuidar dos ferimentos, especialmente cortes profundos no rosto.
Na delegacia, o jovem ficou sabendo que o caso seria tratado de forma mais branda pelo fato de não haver sequelas físicas permanentes, o que o levou a lamentar que, para que o crime fosse levado a sério, alguém precisaria morrer. Ele também apontou que o ataque teve clara motivação homofóbica, e alertou para a ação contínua de um grupo que persegue pessoas LGBTQIA+ na região, citando relatos sobre outras vítimas que teriam sofrido situações semelhantes.
Em nota, o Ponto Bar, local onde parte dos fatos ocorreu, lamentou o episódio e negou falta de apoio à vítima, afirmando que a equipe de segurança prestou o atendimento necessário e liberou o acesso ao bar e ao banheiro. O bar se posicionou como um espaço seguro para a comunidade LGBTQIA+ e pediu mais policiamento na região para garantir a segurança das pessoas. O caso está sob investigação, enquanto a vítima lida com custos decorrentes do incidente, como despesas médicas e conserto da moto destruída.