Domingo, 17 de Novembro de 2024

Exclusivo: Bombeiro ponta-grossense conta como foi lutar contra as chamas no Pantanal

2020-10-30 às 10:18

O Primeiro Sargento Erivelton Pereira, do Corpo de Bombeiros de Ponta Grossa, foi um dos bombeiros enviados pelo Paraná para auxiliar no combate a incêndios no Pantanal. O ponta-grossense conta que foi voluntário para atuar na missão, e que embarcou no dia 7 de outubro, com diversos outros soldados, para substituir o primeiro efetivo que atuava no local.

“Desembarcamos em Corumbá para substituir o primeiro efetivo de soldados enviados. E a partir de Corumbá éramos enviados para diferentes missões” conta o Primeiro Sargento, que diz que os locais dos focos de incêndios eram extremamente afastados e de difícil de acesso. Erivelton conta que a organização e estratégia da corporação foram extremamente importantes para dar cabo da missão.

Quando cheguei, achei que iríamos demorar muito tempo para conseguir controlar as queimadas, pois haviam muitos focos de incêndio, e estes locais eram extremamente distantes, de difícil acesso, e o clima da região que já é muito quente e abafado, estava ainda pior, devido a cobertura de fumaça na região. Parecia que nós não iríamos aguentar

A partir de Corumbá, os soldados eram mandados para cinco ou sete dias de operações de combates as chamas. Após este período de trabalho intenso, eles retornavam para dois dias de sobreaviso, onde poderiam descansar, mas caso houvesse algum chamado deveriam estar prontos para agir. O trabalho acontecia durante todo o dia, inclusive no período da noite.

Erivelton Pereira, Primeiro Sargento de Ponta Grossa, juntamente com demais soldados que atuavam na missão

“Atualmente apenas os bombeiros do Mato Grosso do Sul estão atuando, juntamente com agentes do Ibama, para controlarem pequenos focos de incêndio” conta Erivelton, Segundo ele, um dos grandes problemas foi que 2020 apresentou um período de seca muito grande na região pantaneira, o que além de propiciar o surgimento de diversos focos de incêndio, secou as regiões de pântano, assim as chamas não eram controladas geograficamente pelas regiões alagadas. Com o início do período das chuvas, a situação tende a ser controlada naturalmente, necessitando de pequenas intervenções, realizadas por agentes locais do estado.