Com o slogan “Rodando o país para as nossas empresas ganharem o mundo”, o programa Exporta Mais Brasil, da Agência Brasileira de Promoção das Exportações e Investimentos (ApexBrasil), completou, neste mês de dezembro, 28 edições – desde a sua criação em agosto de 2023 – e movimentou mais de meio bilhão de reais (R$ 553,5 milhões) em expectativa de negócios. Ao todo, foram realizadas mais de seis mil reuniões de negócios entre 875 empresas brasileiras e 305 compradores internacionais.
Somente em 2024, R$ 277,6 milhões em expectativas de negócios foram gerados após quase três mil reuniões entre 162 compradores internacionais de 50 países e 388 empresas brasileiras de diferentes portes e setores. Trata-se do maior programa de incentivo às exportações do país.
“Os números mostram o sucesso deste programa que, em tão pouco tempo, já fez muito e seguirá fazendo em 2025. São milhares de portas abertas para nossos empreendedores ficarem frente a frente com compradores do mundo todo interessados em importar produtos brasileiros”, comemora o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana. “Além de fortalecer setores produtivos locais, especialmente do Norte e Nordeste, e pequenas e médias empresas, o programa se orgulha de ter quase 50% das empresas atendidas lideradas por mulheres, seguindo o compromisso da ApexBrasil com a equidade de gênero no comércio exterior”, reforça Viana.
Das 875 empresas atendidas nas 28 edições do programa, 411 (46,97%) são lideradas por mulheres. Das que participaram em 2024, 51,08% têm liderança feminina. “Isso mostra que as empreendedoras brasileiras estão com força e que precisam de mais espaço e mais oportunidades. E é isso que a ApexBrasil vem fazendo ao aplicar uma lente de gênero em seus programas e projetos como o Exporta Mais Brasil”, complementa a diretora de Negócios da ApexBrasil, Ana Paula Repezza, idealizadora do programa Mulheres e Negócios Internacionais (MNI) da Agência.
O encontro perfeito
O diferencial do Exporta Mais Brasil é que o programa traz ao país compradores internacionais interessados em produtos brasileiros de setores específicos e os coloca frente a frente para negociar com empresas locais que estão prontas para vender. Além de fazer negócio, os compradores têm ainda a oportunidade de conhecer pessoalmente fábricas, fazendas e indústrias locais, durante visitas técnicas organizadas pela Agência. “É o encontro perfeito de quem quer comprar com quem está pronto para vender”, reforça Jacy Braga, gerente Regional da ApexBrasil. “Ao ver de perto o processo produtivo, os compradores muitas vezes valorizam ainda mais os produtos e se sentem mais seguros para comprar, além de adquirirem maior propriedade para revendê-los em seus países”, afirma o gerente.
Durante as 28 edições, foram realizadas diversas visitas técnicas e mais de seis mil reuniões de negócios organizadas a partir de um match entre a demanda e a oferta disponíveis. Ao todo, o programa recebeu 875 empresas brasileiras e 305 compradores internacionais de 65 países como China, Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reunido Unido, Chile, Colômbia, Uruguai e Arábia Saudita. Somente este ano, 24 novos mercados participaram do programa: Tailândia, Romênia, Lituânia, Bulgária, Armênia, República Dominicana, Jamaica, Filipinas e Islândia.
Algumas rodadas contaram ainda com o evento “Diálogos Exporta Mais Brasil”, que recebeu autoridades locais e painéis sobre desafios, oportunidades e perspectivas da jornada exportadora.
Edições de 2024
Neste ano, em 15 edições, o Exporta Mais Brasil esteve em todas as regiões do país e contemplou 13 diferentes setores da economia. Foram eles: revestimentos cerâmicos; couros e curtumes; alimentos e bebidas; moda íntima; cooperativas; manejo florestal sustentável; mel e própolis; cacau e chocolate; produtos lácteos; moda praia; materiais de construção; artesanato e cosméticos.
“Com o apoio da Apex Brasil, tivemos a oportunidade de mostrar nosso produto de forma diferenciada”, disse Roberta Tabai, supervisora de Vendas do Mercado Externo da empresa LEF Cerâmica, de Piracicaba (SP), na ocasião da rodada dedicada ao setor de revestimentos cerâmicos – a primeira edição do programa em 2024. Em parceria junto à Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimentos, Louças Sanitárias e Congêneres (Anfacer), a ApexBrasil realizou a rodada do Exporta Mais Brasil durante a Expo Revestir, a maior feira de revestimentos e acabamentos da América Latina. O programa reuniu 33 empresas do setor com 33 compradores internacionais de mais de 20 países e movimentou mais R$ 82 milhões em negócios.
Em maio, com o apoio da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB) e do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), o Exporta Mais Brasil promoveu uma rodada exclusiva para cooperativas do agronegócio. Em Brasília, 18 cooperativas brasileiras se reuniram presencialmente com nove compradores internacionais de oito países para fazer negócios. O resultado: mais de R$ 10 milhões em negócios. Uma das participantes foi a COOPTAITER – Cooperativa de Produção e Desenvolvimento do Povo Indígena Paiter Suruí -, de Cacoal (RO), composta por 250 cooperados indígenas da etnia Suruí que produzem castanha-do-Brasil. Com o apoio de um representante enviado pela OCB-RO para auxiliar nas negociações, a cooperativa iniciou uma tratativa com o comprador da África do Sul, Marthinus Westhuizen, para a venda de 16 mil kg do produto.
Em julho, no Sul da Bahia, foi a vez de 29 empresas do setor de cacau e chocolate se apresentarem para 15 compradores de fora. Em Ilhéus (BA), foram realizadas 224 reuniões entre as marcas do Brasil e os empresários internacionais e os resultados também ultrapassaram os R$ 10 milhões. Das 29 empresas brasileiras que participaram, 13 possuem liderança feminina.
A “borracha natural” das seringueiras e fibras de caroço de açaí se transformam em colares, pulseiras e brincos nas mãos de cerca de 40 mulheres artesãs da rede criada pela Seiva Amazon Design, fundada por Lídia Abrahim. Ao participar de edição do Exporta Mais Brasil dedicada ao artesanato, desta vez em Campo Grande (MT), em outubro de 2024, Lídia, que vive em Ananindeua (PA), conseguiu fazer a primeira venda internacional para a Itália. “Foi uma oportunidade de mostrarmos nosso trabalho, nossas biojoias e gerar renda para a nossa comunidade”, disse na ocasião. “Foi a primeira vez que exportamos. Ainda estamos conhecendo nossos compradores e, a partir disso, vamos nortear nossas futuras criações, de acordo com cores, designs e o que agrada mais”, reforçou
Já a última edição do ano do programa foi dedicada ao setor de cosméticos e ingredientes amazônicos, que ocorreu em Manaus (AM). O valor alcançado foi de R$ 10 milhões em negócios para empresas do setor que participaram das reuniões com 12 importadores de 10 países. Na ocasião, Paulo Elvas, diretor Comercial da Biozer da Amazônia, pontuou: “já exportamos para diversos mercados e nessa rodada buscamos diversificar nossos clientes para crescer no mercado internacional.”
Das 28 empresas participantes dessa última rodada, 20 são de liderança feminina. Daniela Cunha, CEO da Cury Natural Beauty, marca de biocosméticos, destacou que foi uma oportunidade incrível conversar com os compradores internacionais durante o evento. “A gente tem a oportunidade de mostrar o nosso produto e, mais especialmente, mostrar os produtos da Amazônia. Esses compradores vieram até Manaus, estão conhecendo a nossa floresta, entendendo um pouco mais do nosso negócio, da nossa produção e da nossa vida aqui dentro do nosso ecossistema. Uma oportunidade única”, ressaltou Daniela durante as rodadas de negócios.
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Da assessoria