Domingo, 15 de Dezembro de 2024

Imóveis da Igreja Renascer em Cristo, avaliados em R$ 26,5 milhões, devem ser leiloados

Estevam e Sonia Hernandes, fundadores da Igreja, estavam na lista de pastores evangélicos mais ricos do Brasil, segundo a Forbes, há 10 anos
2023-06-04 às 11:52
Reprodução: Instagram (@igrejarenasceremcristo)

Se há 10 anos, o apóstolo Estevam Hernandes e a bispa Sonia Hernandes, que fundaram a Igreja Renascer em Cristo em 1986, figuravam na lista de pastores evangélicos mais ricos do Brasil, a situação agora é completamente diferente. Em 2013, a Forbes estimava que a fortuna do casal era de US$ 65 milhões. Nesta semana, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) determinou que parte desse patrimônio vá a leilão para saldar uma dívida.

Quatro imóveis da Igreja Renascer em Cristo, do apóstolo Estevam Hernandes – também idealizador da Marcha para Jesus, devem ser leiloados em pregão eletrônico, segundo determinação do juiz Emanuel Brandão Filho, da 6ª Vara Cível do Foro Regional de Santo Amaro, em São Paulo (SP).

Os quatro imóveis são avaliados em cerca de R$ 26,5 milhões. A defesa da Igreja alega que a dívida contraída é muito menor e que há “excesso de penhora”. A alegação não foi aceita pelo juiz.

A empresa Pole Comércio de Veículos processa a igreja para cobrar uma dívida de R$ 1,6 milhão, relacionada a aluguéis vencidos, de acordo com a Folha de S. Paulo. O leilão foi determinado pela Justiça diante do fato de que a Renascer em Cristo não saldou a dívida.

Sobre a diferença de valor de avaliação em relação à dívida, o juiz alega, na decisão, que ainda que o preço de avaliação dos imóveis seja muito superior, não há garantia de que os quatro imóveis sejam, de fato, arrematados e que, se forem alienados em segunda praça, o valor de venda pode chegar a 50% da avaliação de cada imóvel. A Renascer ainda pode recorrer e solicitar cálculo de correção da dívida.

Desde março, contas bancárias da igreja foram bloqueadas pela Justiça de São Paulo em função da dívida relacionada ao aluguel de um templo na Vila Andrade, Zona Sul de São Paulo. As empresas Nova Deguncho e Nova Munin cobravam uma dívida de R$ 761,7 mil. A igreja não nega a dívida, mas questiona o valor cobrado pelo imóvel alugado entre 2012 e 2016, e afirma que busca um acordo para pagar R$ 30 mil mensais à empresa que faz a cobrança do débito.

do UOL