Um crime brutal chocou a cidade de Camapuã, a cerca de 135 km de Campo Grande, na madrugada da última quarta-feira (9). Um homem de 28 anos foi preso em flagrante após confessar ter estuprado e causado a morte da própria filha, de apenas 1 ano e 9 meses. O caso está sob investigação da Polícia Civil e mobilizou autoridades e a população local.
Segundo informações apuradas, o suspeito relatou em interrogatório que o abuso ocorreu enquanto mantinha relações sexuais com a ex-companheira, mãe da criança, na casa de uma prima. Ele afirmou que aproveitou uma posição específica durante o ato para iniciar o estupro da filha, sem que a ex-companheira percebesse. A vítima, que possuía traqueostomia, não emitiu sons ao chorar, o que teria dificultado a identificação imediata do abuso.
Na manhã seguinte, o homem saiu para trabalhar e a mãe da criança foi para a casa de uma parente com os filhos. A menina ainda estava viva e chegou a brincar com o irmão mais velho. Horas depois, a criança apresentou sinais de mal-estar e foi levada ao posto de saúde, onde chegou sem vida. Equipes médicas constataram lesões recentes nas partes íntimas da menina, acionando imediatamente a polícia.
No hospital, diante dos policiais, o suspeito entrou em contradição, mas acabou confessando o crime. Ele alegou arrependimento e afirmou que precisa de tratamento psicológico, citando traumas de infância decorrentes de abuso sexual sofrido por parte de um primo. O homem foi preso em flagrante e indiciado por estupro de vulnerável com resultado morte, crime previsto no artigo 217-A, §4º, do Código Penal.
O corpo da vítima foi encaminhado para exames necroscópico e sexológico. A polícia também investiga possíveis maus-tratos e negligência, já que a criança havia recebido alta hospitalar recentemente após tratar infecção na traqueostomia, apresentando sinais de descuido com a saúde.
A mãe da criança foi conduzida à delegacia para prestar esclarecimentos. Outros filhos do casal estão sob acompanhamento dos órgãos competentes. O caso segue sob sigilo devido ao envolvimento de menores, e novas informações devem ser divulgadas conforme o avanço das investigações.