A Ponte da Integração Brasil–Paraguai, que conectará Foz do Iguaçu (Brasil) à cidade de Presidente Franco (Paraguai), avança para a etapa final dos preparativos e está prevista para abrir ao tráfego no último trimestre de 2025. A obra, com 760 metros de extensão, financiada integralmente pela Itaipu Binacional, promete ser um símbolo de cooperação e desenvolvimento entre Brasil e Paraguai.

Estruturalmente concluída desde 2023, a ponte teve sua abertura adiada devido à necessidade de conclusão das obras de acessos rodoviários e das aduanas em ambos os países, etapas essenciais para garantir a operação plena e segurança na fiscalização de cargas e passageiros. No lado brasileiro, a Perimetral Leste, via de acesso fundamental para o tráfego direto à ponte sem passar pelo centro urbano, apresenta cerca de 70% de execução, com previsão de conclusão em novembro de 2025. Já do lado paraguaio, o corredor metropolitano de acesso apresenta mais de 85% das obras concluídas, com pavimentação e infraestrutura em fase final.

Autoridades brasileiras, como o ministro Fernando Haddad, e representantes da Itaipu Binacional, incluindo Ênio Verri, têm intensificado reuniões para garantir que a aduana da nova ponte esteja plenamente preparada para operação, oferecendo condições adequadas de fiscalização e controle, de forma integrada entre os dois países. Essa integração alfandegária é vista como fundamental para agilizar o fluxo comercial e turístico na fronteira, além de facilitar o escoamento de produtos, com destaque para grãos, carnes e bens industrializados.

A nova ponte será um importante eixo para desafogar o tráfego da tradicional Ponte da Amizade, que conecta Foz do Iguaçu a Ciudad del Este, permitindo o tráfego exclusivo de veículos leves pela ponte mais antiga e destinando a nova ponte principalmente para o transporte de cargas. O impacto esperado é o fortalecimento da região trinacional, tanto em transporte quanto em desenvolvimento econômico, turismo e cooperação bilateral.

O investimento total da obra está na ordem de R$ 460 milhões, contemplando a construção da estrutura da ponte, os acessos rodoviários e as aduanas. Essa iniciativa destaca-se como um projeto estratégico para a logística sul-americana, contribuindo para a integração continental com a redução de custos e tempo nas cadeias produtivas entre Brasil, Paraguai e países vizinhos.