O caso do jogador Pedro Severino, do Red Bull Bragantino, gerou grande repercussão ao evitar a morte encefálica de forma surpreendente. Embora seja extremamente raro, esse desfecho é possível em situações específicas.
Pedro Severino, atacante de 19 anos da equipe sub-20 do Red Bull Bragantino, sofreu um grave acidente de carro na rodovia Anhanguera em 4 de março de 2025. Ele foi internado em estado gravíssimo com traumatismo craniano.
No dia seguinte ao acidente, o hospital iniciou o protocolo de morte encefálica devido à gravidade do quadro. Porém, durante o processo de retirada da sedação, Pedro apresentou um reflexo de tosse, indicando atividade neurológica. Isso levou à interrupção imediata do protocolo.
Após esse evento inesperado, Pedro foi transferido para outro hospital, onde apresentou melhora gradual:
– Duas semanas após o acidente, deixou a UTI e passou a respirar espontaneamente
– Em 24 de março, foi transferido para o quarto, com quadro clínico estável e respirando sem aparelhos
– Apesar da evolução positiva, seu quadro neurológico ainda inspira cuidados.
O protocolo de morte encefálica é iniciado quando há evidências de lesão cerebral irreversível, sem atividade do órgão e com apneia persistente. Envolve testes rigorosos realizados por dois médicos para constatar a ausência de reflexos do tronco encefálico.
A interrupção desse protocolo devido a uma reação do paciente, como ocorreu com Pedro, é extremamente incomum. Isso explica por que o caso foi considerado um “milagre” por muitos.