Sábado, 29 de Março de 2025

Julgamento que pode tornar Bolsonaro réu será definido nesta quarta (26)

2025-03-26 às 08:00

O julgamento da denúncia contra Jair Bolsonaro e sete aliados no Supremo Tribunal Federal (STF) será retomado nesta quarta-feira (26), às 9h30. A expectativa é que a sessão seja concluída ainda hoje, com uma decisão sobre o eventual recebimento da denúncia e a transformação dos acusados em réus em uma ação penal.

A sessão iniciou na terça-feira (25) e foi suspensa no final da tarde, após a análise das questões preliminares apresentadas pelas defesas. Durante a manhã, as objeções e nulidades levantadas pelos advogados foram rejeitadas pelos ministros do STF, que também refutaram, por unanimidade, os pedidos de nulidade da delação do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid.

No início da sessão, o relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, abordou os crimes atribuídos aos denunciados. Em seguida, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, detalhou a denúncia, mencionando diversos episódios ocorridos entre 2021 e 2022. Segundo as investigações da Polícia Federal e a denúncia da PGR, esses eventos estariam relacionados aos acontecimentos de 8 de janeiro, considerados o “ato final” do movimento golpista.

O ex-presidente Jair Bolsonaro, de acordo com o RIC Mais, acompanhou o julgamento durante todo o dia e, ao chegar em Brasília, fez declarações à imprensa, reiterando que a denúncia é infundada e sem provas que comprovem sua participação em qualquer suposta trama golpista. Posteriormente, em suas redes sociais, Bolsonaro questionou a competência da Primeira Turma para julgar a admissibilidade da denúncia e criticou alterações recentes no regimento interno do STF.

Além de Bolsonaro, fazem parte do “Núcleo 1” da denúncia o deputado federal Alexandre Ramagem, o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, o general Augusto Heleno, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira e o ex-ministro da Casa Civil Walter Braga Netto.